José Luiz de Almeida Silva
Estão a investir-se “despercebidamente” na Linha do Oeste mais de 100 milhões de euros e totalizarão provavelmente mais de 200 milhões de euros, caso os projetos previstos vão até ao fim nesta linha (especialmente na ligação ao TGV em Leiria e a continuidade a norte, bem como as locomotivas necessárias), o que equivale ao custo de um Hospital Distrital, tão discutido entre nós.
Mas, se o investimento parece fazer-se sem ruído e sem grande impacto, o mesmo a ser concretizado estrategicamente (para o que seria necessário resolver-se a ligação à chegada a Lisboa por Loures em vez do Cacém e linha de Sintra, poupando provavelmente meia hora aos caldenses no trajeto), para os Oestinos que não têm tido informação ou expetativa do que lhes poderá acontecer dentro de alguns meses, o resultado será importante.
Hoje o panorama das ligações por transportes públicos à capital do país, onde já trabalham quotidianamente alguns milhares de habitantes (e vice-versa), é diametralmente oposto do que acontecia há algumas décadas, apesar de dominar o transporte individual e o rodoviário por autocarro, que vai confluir para a confusão e engarrafamento das entradas em Lisboa.
Estivessem os responsáveis de desenvolvimento regional e os políticos devidamente motivados e interessados, este assunto seria discutido e pensado preventivamente e não seriam “sofridas” as consequências a posteriori, com todo o impacto das omissões e erros de decisão, que são tão comuns no país “à beira mar plantado”.
As colunas do nosso jornal têm servido para alertas constantes apesar dos resultados serem insignificantes julgamos. Mas continuamos cientes de que estamos no bom caminho e o futuro dar-nos-á razão (provavelmente tarde). ■

































