Nas últimas eleições legislativas o Bloco de Esquerda cresceu eleitoralmente. Com a coligação da esquerda o BE tornou-se uma força política capaz de influenciar o Governo da Nação. O BE nas Caldas tem acompanhado o crescimento nacional. A votação nos dois actos anteriores acompanhou a percentagem média nacional. Há mais participação organizada e uma capacidade activista crescente. Nestas autárquicas não concorremos a todas as freguesias, porque definimos o critério de concorrer apenas em freguesias com pessoas naturais, ou residentes, nessas freguesias. Temos uma votação assinalável nas freguesias do interior, mas infelizmente poucas pessoas disponíveis para protagonizarem candidaturas. O que é compreensível: ser candidato pelo Bloco em certos sítios significa ficar exposto a várias formas de “bullying” social e político. Veja-se pelas redes digitais (algumas vezes já tenho dificuldade em designa-las como “sociais”…) onde desde que sou publicamente candidato à Câmara pelo BE tenho aturar os comentários mais despropositados e descabelados, que jamais imaginava, acreditando eu que vivemos numa sociedade plural, aberta e tolerante. E vivemos, só que essa abertura, pluralidade e tolerância ainda não chegaram a todo o lado, e por isso, é bom que o voto universal seja secreto e cada um exerça o seu direito cívico, em consciência, sem ter de ser molestado pelos peões de brega dos pseudo-poderosos que se acham no dever de agradar aos seus chefes e patrões de vária ordem, hostilizando aqueles que se afirmam como diferentes.
O programa do BE é claramente um programa alternativo: sério, credível e exequível.
A experiência nacional demonstra que a força eleitoral do BE faz a diferença. Foi a força eleitoral do Bloco que permitiu viabilizar um governo na Assembleia da República. Foram os orçamentos influenciados pela esquerda que devolveram rendimentos às pessoas e colocaram o país de volta ao crescimento económico, que tem baixado o desemprego. Acreditamos que os cidadãos percebem que o Bloco também pode fazer a diferença nas autarquias. O programa autárquico do BE centra-se me duas prioridades claras para as Caldas da Rainha: O desassoreamento da Lagoa de Óbidos através de uma dragagem permanente. A Lagoa de Óbidos é o nosso principal recurso ambiental e como tal deverá merecer uma atenção especial. E a construção de um novo hospital regional. Prioridade identificada há já alguns anos e que tarda a arrancar. Tem de avançar no actual quadro comunitário de financiamento e o mais depressa possível, por ser uma obra complexa que pode levar oito a dez anos a ser concluída.
Além destas duas prioridades, dedicamos especial atenção à questão central do hospital termal e do termalismo em geral. À requalificação da Linha do Oeste. À impermeabilização da barragem de Alvorninha, um problema que se arrasta desde a sua inauguração e que toda a gente parece preferir ignorar. A construção de uma central de produção energética e de biomassa numa freguesia do interior do concelho. Caldas também precisa de um programa de habitação acessível: há cerca de 30 pessoas a viver na rua ou em prédios abandonados; há famílias carenciadas e idosos que merecem uma habitação digna; há jovens famílias e jovens licenciados da ESAD que se querem fixar nas Caldas e a autarquia deve ter um plano habitacional que lhes dê resposta. O mercado de habitação tem cerca de 3000 casas vazias nas Caldas, mas é incapaz de satisfazer estas franjas populacionais. É aqui que entra uma política de habitação da responsabilidade da autarquia e o Bloco tem uma proposta integrada e integradora, que também promove o ordenamento urbano, aliado à inclusão social

































