A discussão regional sobre a localização de um novo hospital para o Oeste tem assentado na hipocrisia da argumentação sobre a melhor escolha geográfica, esquecendo que por detrás estão muitos outros interesses, que vão desde a comodidade para as populações mais próximas aos benefícios em termos de acréscimo de população como ao aumento do rendimento no local escolhido.
Nem a tradição, como o argumento geográfico ou a população mais próxima servida podem fazer esquecer as vantagens que qualquer localização dará ao sítio escolhido.
É evidente que há razões indiscutíveis como as acessibilidades, a centralidade, o número de pessoas servidas mais próximas, mas nos tempos que correm e no caso, qualquer solução terá pontos fortes e pontos fracos.
Em nosso entender será necessário ter uma visão mais multicritério, devidamente ponderada, que permita uma decisão mais consensual, mas não esquecendo que no conjunto da região deve haver uma melhor e mais racional distribuição dos principais investimentos públicos, que não prejudique mais cada uma das partes do território que outras.
Impõe-se uma visão alargada e de médio/longo prazo sobre o que se pretende para o território e encontrar uma geoponderação que possa compensar todos os concelhos, ganhando uns numas coisas e outros noutras, numa soma equitativa que pondere melhor o investimento público nos recursos a criar ou existentes. Só assim teremos uma região equilibrada, com os investimentos distribuídos equitativamente e em que todos se possam sentir mais solidários e cooperativos. Mas também quem possa ganhar mais, por razões evidentes, suporte parte dos custos, se necessário. ■
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