José Luiz de Almeida Silva
Na semana passada publicámos um excelente suplemento dedicado ao centenário da vitória de José Tanganho numa inventada, para prestígio militar na época, de uma Volta a Portugal a Cavalo, numa antecipação das voltas a Portugal em Bicicleta que tanto levantavam e levantam o país.
Já por ocasião das Festas da Cidade em maio 1981, com o apoio do município e de muitos comerciantes caldenses que entenderam o esforço, a Gazeta havia publicado um suplemento, pela primeira vez feito a cores e em off-set, tecnologia que revolucionaria a imprensa escrita e que tinha sido inaugurada na época.
No mesmo, dedicado à inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo, falávamos sobre a origem das Caldas, fundada pela Rainha D. Leonor, na preparação do seu V Centenário, na estadia nas Caldas do Papá Urso durante II Grande Guerra, da recuperação da Casa Amarela (Levi) e do Palácio Real, bem como da então criação da Região de Turismo do Oeste e da construção do Hotel Malhoa, como e especialmente, da sanha de José Tanganho, o “Herói do Povo”, como intitulávamos o artigo.
Como já o transmitimos, para nós era indispensável e irrecusável, a criação de um “Marco Histórico” à proeza de José Tanganho no cemitério ou num ponto central da cidade, com as suas cinzas ou sem elas, do homenageado, para testemunhar um facto histórico hoje esquecido, de alguém do povo – um verdadeiro Zé Povinho – que levantou o “país povo” em uníssono num momento em que se iria cair depois numa letargia imposta pela ditadura de 28 de maio de 1926.
Também nesta edição fazemos a transição entre os colunistas que semanalmente transmitem aos nossos leitores as suas reflexões sobre o momento e as circunstâncias que vivemos, iniciando outros a mesma missão. A uns e outros, e a todos os que antes já o fizeram generosamente também, os nossos sinceros agradecimentos.

































