Festas e Festivais

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Diretor da Gazeta assumiu funções em 1975, após um período como interino

José Luiz de Almeida Silva

Neste período de Verão, o país é atravessado por uma infinidade de Festas & Festivais, cada um mais atrativo que o outro, numa economia criativa, que movimenta milhões de Euros e que cria atividade popular e associativa um pouco por todas as regiões, mesmo nas terras mais recônditas onde parte o ano se vive em solitária situação. É o fenómeno que devia ser estudado e interpretado, uma vez que demonstra energias desconhecidas ou escondidas, que canalizadas para fins sociais – quando o não são já – mostra o quanto o povo mais anónimo tem de potencial para melhorar a vida e o bem-estar dos seus concidadãos.

Este fenómeno, que encontra pelo mundo fora idênticas manifestações recreativas, desportivas ou culturais, algumas com uma dimensão muito maior e atraindo milhares de pessoas, nalguns casos milhões (baseadas nas crenças religiosas como em fenómenos populares ligados à época do ano ou a profissões e hábitos ancestrais), são também a motivação turística mais ou menos genuína ou erudita. Só que uma oferta tão vasta e extensa, muitas vezes repetitiva, esconde particularidades que deviam ser potenciadas e que dariam diversidade e riqueza cultural, que podiam criar procuras qualificadas e específicas, dando maior valor ao trabalho generoso das populações envolvidas.

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Hoje com a proliferação dos meios propostos pelas redes sociais a organização destas ofertas devia ser mais criteriosa e inovadora, com a apresentação dos aspetos mais particulares e criativos de cada uma, atraindo clientelas mais exigentes e que possam recompensar melhor este trabalho comunitário mais genuíno.

Não basta fazer. É necessário propor uma oferta mais criteriosa, que evite o desperdício do esforço e dos recursos e recompense melhor quem os organiza. Não basta fazer por fazer, é necessário dar-lhe um sentido e fazer com retorno devido.

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