Eu engano-me muitas vezes e quase sempre tenho dúvidas

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“O pior à exceção dos outros”, artigo de Henrique Monteiro, no Expresso de 9/4/2016,  fez-me recordar que o “slogan” “Politique d’abord” é do integralista francês Charles Maurras.
O articulista começa e acaba com Churchill, sem o citar. No geral é o habitual discípulo do senhor “de La Palisse”, mas sempre a defender o “establishment”.
Até como Comendador Marques de Correia, digo eu, tem vindo a perder a graça que tinha.
Mas o que me faz voltar à carga é explicar a ligação espúria do “slogan” de Maurras a Mitterrand que saiu no meu artigo sobre a mentira do 1 de Abril da Gazeta.
Falando do atrito entre Seguro e Costa, quis trazer à liça dois socialistas, para quem, julgo, a política esteve sempre primeiro:
– Soares ( …mon ami M…) que “meteu o Socialismo na gaveta” e só o tira de lá para zurzir a Direita e o Capitalismo Neoliberal.
– Mitterrand que era tão pragmático que, após persistente luta política contra De Gaulle, chegou ao Eliseu onde conseguiu manter, ao mesmo tempo, as suas duas famílias: a oficial e a oficiosa.
Este meu lapso acabou por dar jeito, Maurras, que parece ter inspirado até o “nosso” (“deles!’ ) “Manholas” ( Va de retro, Salazar!..), era contra a corrupção, que considero conjuntamente com a louca violência pseudo-islâmica, os dois “males” absolutos do nosso tempo.
Desviar a atenção do mundo democrático desta realidade em nada contribui para o combate, que se quer impiedoso, contra os corruptos. Com especial incidência para os que deviam governar mandatados pelo Povo e apenas se “governam”: Políticos, Banqueiros, Gestores de topo, os Juízes que não os julgam e os Polícias que não os prendem.
Todos deveríamos pensar que no fim somos todos iguais: não levamos nada connosco
J. Jorge Figueiredo
 Ferreira
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