A Dislexia é definida como um problema de aprendizagem da leitura e da escrita. É uma dificuldade em aprender a ler e escrever, apesar de adequada inteligência e oportunidade de ensino.
A história familiar é um dos fatores de risco mais importantes: 23 a 65% das crianças disléxicas têm um familiar com dislexia.
A constatação de que uma criança possui dislexia provoca ansiedade tanto na família quanto na escola.
Na adolescência a dislexia pode vir acompanhada de problemas de acompanhamento, problemas com trabalho e de relacionamento com outras pessoas, pela falta de inclusão social e profissional dessa população, além de “marcas” em sua vida pela dificuldade escolar, o que pode acarretar em abandonar a escola.
Em relação à criança, observamos que definir a causa de suas dificuldades provoca mais sensação de alívio do que de angústia, pois pelo menos ela não ficará mais exposta ao rótulo de preguiçosa, desatenta, etc. O diagnóstico é importante para dirigir as técnicas mais adequadas para a reintegração do aluno, objetivando tornar mais eficaz o plano de tratamento.
Na idade adulta, podem ser observados os mesmos sintomas básicos da idade escolar, podendo ocasionar dificuldades de relacionamento e dificuldades na vida profissional, além de depressão, baixa autoestima e por vezes uso abusivo de álcool e drogas.
Se o problema não for tratado antes de o indivíduo sair da escola, há duas hipóteses:
– Ele pode ter deixado a escola devido às suas dificuldades; neste caso, cicatrizes emocionais permanecerão.
– Ele pode ter conseguido terminar o seu curso e até ter chegado a se graduar, tendo conseguido sozinho contornar as suas dificuldades, ou algumas delas, graças a apoios e caminhos alternativos criados por ele mesmo. Isso não significa que o problema não exista mais, com certeza a pessoa o sente em determinadas ocasiões e tarefas.
A dislexia apresenta características e manifestações na leitura e na escrita.
Não há cura para a dislexia.
O disléxico precisa de atendimento especializado, motivação, estabilidade emocional, ensino apropriado e cooperação entre pais, professores e especialistas. É preciso identificar o período do dia em que o seu cérebro “funciona” melhor.
O disléxico geralmente traz uma longa história de cobranças e fracassos, motivá-lo exige de nós mais esforço e disponibilidade. Se ele não aprende da forma que ensinamos, temos de aprender a ensinar da forma que ele aprende.
A dislexia não significa falta de inteligência e não impede que os disléxicos sejam bons profissionais.
Sandra Hespanhol
Terapeuta da Fala
hespanholsandra@gmail.com
































