Espaço Saúde – Vamos Comunicar

No dia-a-dia dependemos da nossa vocalização: desde o simples choro de uma criança até ao mais eloquente discurso estamos comunicando. Além disso, podemos ressaltar que o timbre da nossa voz confere uma identidade própria fazendo com que sejamos reconhecidos apenas pela simples emissão sonora de palavras. Quando, por algum motivo, ficamos roucos, deixamos de ser reconhecidos e até mesmo as mulheres podem ser confundidas com homens ao telefone.
Os profissionais da voz são aqueles que têm a voz como um dos principais instrumentos de trabalho: professores, actores, cantores, empresários, advogados, jornalistas, entre outros. Sendo assim, os profissionais da voz precisam de desenvolver o seu potencial vocal a fim de obter um maior rendimento com um menor desgaste da voz.
A falta de conhecimento da importância de certos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como consequência o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como, por exemplo, edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contacto, entre outras.
O trabalho de reeducação tem como objectivo a adequação das estruturas fonoarticulatórias e a conscientização das pessoas para o uso adequado da voz.
As alterações vocais afectam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho muitas vezes, necessitam de um treino de apoio para desenvolver o seu potencial vocal. Devemos tomar alguns cuidados simples, mas que não deixam de ser essenciais:
– Beber água regularmente, em temperatura ambiente;
– Realizar exercícios regulares de relaxamento e manter uma postura correcta da cabeça e do corpo;
– Manter uma alimentação saudável e regular (evite alimentos ácidos, condimentados e açucarados);
– Evitar bebidas gaseificadas, com cafeína e o cigarro;
– Evitar o ar condicionado em excesso, pois resseca as vias respiratórias;
– O álcool também irrita as vias respiratórias e altera a qualidade vocal;
– Preservar a voz, sem gritar, nem sussurrar, falar normalmente.
No entanto, se sentir rouquidão, perda de voz, pigarro constante, dor para engolir, sensação de engasgos, dor ou ardor na garganta, tosse frequente ou dificuldade para respirar deverá ser avaliado por um Otorrinolaringologista.
Os problemas com a voz são melhor conduzidos por um grupo de profissionais que inclua um otorrino e um terapeuta da fala.

Sandra Hespanhol
Terapeuta da Fala
Pós – Graduada em Intervenção Terapêutica Motora Oral e Facial
hespanholsandra@gmail.com