Escola Segura – um esclarecimento

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notícias das CaldasNa ultima edição da Gazeta, fontes equívocas  ou erróneas levaram  a que se tivesse publicado que “o programa Escola Segura teve início em 1992”,  o que implicaria que esse programa tivesse sido concebido  e posto em prática pelo último governo de Cavaco Silva. Tal não corresponde à verdade.

O programa Escola Segura foi criado, lançado e generalizado a todos os distritos do País  em 1996,  com o primeiro governo de António Guterres, em que  me coube a responsabilidade da Administração Interna (1995-1997).
A denominação Escola Segura foi então (1996) a escolhida para designar um programa inovador, concebido no âmbito de uma nova orientação para a actividade policial (policiamento de proximidade e por programas) contrastante com a anteriormente adoptada (concentração, superesquadras). E nasceu como um programa de âmbito nacional, especialmente orientado não só para a protecção das escolas e áreas envolventes, como para a aproximação entre crianças e jovens e a polícia.
Por isso lhe foram logo (1996) afectados em permanência efectivos policiais. Foi então tomada uma decisão emblemática no sentido de 10% das novas admissões nas duas forças de segurança serem  destinadas ao novo programa. E foram adquiridas  e afectadas à Escola Segura, logo no primeiro ano, dezenas de viaturas, perfeitamente identificáveis e que rapidamente se converteram, de Norte a Sul, num símbolo de mais segurança. Nos primeiros anos, deve dizer-se agora, foram os governos civis os primeiros contribuintes, em matéria de meios, para a concretização do programa permitindo vencer resistências incompreensíveis.
São poucos os portugueses que, ao longo destes quinze anos, não repararam já, por todo o país, nas viaturas verdes (GNR) e azuis (PSP) da Escola Segura. As comunidades escolares e as famílias habituaram-se  ao longo dos anos a contar com a protecção acrescida que essa marca  identifica. É pois importante que a sua origem e autoria política não sejam objecto de confusão – ainda que involuntariamente, como é certamente o caso da Gazeta.

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Alberto Costa
ex-MAI (1995-1997) e ex-MJ (2005-2009)

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