Em defesa de Santa Catarina

0
629

Ausente de Portugal no momento da polémica sobre o nome do Agrupamento Escolar de Santa Catarina, aqui fica a minha opinião. Na Gazeta de 10-5-2013 uma carta de Helena Justino coloca o dedo na ferida ao perguntar aos fanáticos da Escola Bordalo Pinheiro pelas coisas «realmente importantes», mas a carta de Carlos Oliveira na mesma edição é exemplar pelas piores razões.
Desde afirmar que Santa Catarina é «uma aldeia que fica lá atrás do sol-posto» até concluir que «Santa Catarina manda mais que as Caldas nos agrupamentos escolares», o egoísmo apalermado de que o autor se faz eco nas páginas da Gazeta, não sabe nada.

Nem a minha freguesia é uma aldeia nem fica atrás do sol-posto. É uma vila, já foi concelho, tem um foral antigo de 700 anos e o sol-posto fica para o lado de S. Martinho. O egoísmo apalermado de muitos fecha-os ao entendimento de que a decisão do Ministério da Educação (assim ou assado) não vai alterar a geografia do Agrupamento. Ficará em Santa Catarina. Convém lembrar que Santa Catarina é uma santa de todo o mundo, há milhares de livros sobre a sua vida heróica e a nossa língua regista a frase «ficar a ver navios no alto de S. Catarina» quando alguém que falha objectivos. Os Catarinenses deram ao Mundo o bispo José da Silva Rebelo e hoje em dia a empresa Ivo Cutelarias quando ganha prémios no estrangeiro nunca esconde a sua origem. Até eu quando integrei a comitiva portuguesa da Festa do Livro de Fortaleza (Ceará) coloquei sempre as palavras Caldas da Rainha junto aos meus dados biográficos tal como fiz no livro «Mansões abandonadas» editado em S. Paulo pela Escrituras Editora. Convém lembrar que nós em Santa Catarina estamos ligados a Caldas da Rainha até no código postal. Sem quaisquer complexos, sem egoísmos palermas, sem ignorâncias agressivas.

- publicidade -

José do Carmo Francisco

- publicidade -