“Eleita pelo PSD em Óbidos é chefe de gabinete do governo PS em Lisboa”

Acerca da notícia “Eleita pelo PSD em Óbidos é chefe de gabinete do governo PS em Lisboa”, publicada na Gazeta das Caldas de 11 de março de 2016, gostaria de esclarecer o seguinte:
Tenho, e mantenho, consideração pessoal e estima pela Dra. Anabela Adónis.
Após tomar conhecimento, em sessão pública, que a Dra. Anabela Adónis é chefe de gabinete do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, do Governo PS, mantendo-se como deputada municipal de Óbidos no grupo do PSD, comentei naturalmente o facto.
Não está em causa o facto de ser ou não militante do PSD, já que eu também não sou militante do PS e tenho integrado e sido eleito, como independente, nas listas deste partido.
Entendo que os independentes, ao aceitarem integrar uma lista apresentada por um partido, devem ser coerentes na acção posterior, no contexto da saudável competição, atenta a diversidade ideológica e política, que existe entre o PS e o PSD, quer a nível nacional, quer a nível municipal.
Recorda-se a defesa do governo então liderado pelo PSD, através de intervenção da deputada municipal Anabela Adónis, na Assembleia Municipal de Óbidos, quando tentou contraditar questões levantadas pelo grupo municipal do PS, designadamente sobre a aprovação do projecto da rede de rega de Óbidos que foi feita pelo anterior Governo do PS, em janeiro de 2010 e que depois demorou quase 4 anos a ser publicada no Diário da República pelo Governo liderado pelo PSD.
É também de lembrar (por exemplo, através da ata da Câmara Municipal de Óbidos de 21 de abril de 2014), que estava prometido a obra da rede de rega, no valor de 28 milhões de euros, começar em 2014 (depois de ter sido muito prometida em campanha eleitoral autárquica de 2013, pelo PSD). Vamos ver se agora anda!
A deputada municipal Anabela Adónis, na Assembleia Municipal de Óbidos, tem estado alinhada com o PSD nas votações realizadas. Atendendo aos resultados eleitorais de 2013, com 10 mandatos para o PSD, 9 para o PS e 2 para a CDU, há situações em que a divergência de um voto pode ser crítica.
José Machado