Editorial – Um cais palafítico e uma ponte entre Caldas e Óbidos

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José Luiz de Almeida Silva

José Luiz de Almeida Silva

No passado sábado a população pode passar a contar com o Cais Palafítico e Observatório de Aves da Barrosa na Lagoa de Óbidos, numa forma criativa de qualificar e aproveitar aquela pequena parte da margem norte da Lagoa.
É pena a forma pouco coerente e lenta como ambos os municípios têm qualificado as margens da Lagoa de Óbidos, nuns casos mais operativos e eficientes, noutros levando a cabo apenas o mínimo necessário para dar uma vida nova aquele espaço lagunar de excecional qualidade.
Há mais de uma década esteve prevista a construção de uma ponte pedonal e ciclável entre ambos os lados da Lagoa, obra que seria emblemática num dos pontos em que ambos se aproximam mais, no Braço da Barrosa.
Houve projeto, financiamento e a obra esteve adjudicada segundo os técnicos se lembram. Ao que parece, o empreiteiro desistiu da obra, por razões mal explicadas, e nunca foi acionado qualquer procedimento para que a mesma fosse realizada como estava contratada.
A Lagoa de Óbidos é um espaço tão precioso que bem merecia ser pensado, em primeiro lugar, conjuntamente pelas duas autarquias (Caldas e Óbidos), e depois à luz das novas tendências que são seguidas no mundo mais desenvolvido, para a aproveitar de forma sustentável e inclusiva que possa servir a maioria dos seus utentes e visitantes.
Junto a Valência, na Albufera, um espaço lagunar imenso onde cultivam o arroz característico das paellas (o célebre arroz a valenciana), estão feitos arranjos que podiam ser uma boa inspiração para a gente cá da terra. Em muitos casos não é preciso inventar nada porque já houve outros que fizeram bem e com resultados práticos. ■

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