Editorial: O pouco que pode fazer a diferença

Uma pequena alteração, às vezes, pode ser sinónimo de êxito ou sucesso inesperado. A transformação do acesso à Feira dos Frutos no Parque, tornando gratuita a entrada na parte de venda de fruta (apesar de em insignificante dimensão), comida e outros artigos como artesanato, produtos de empresas locais, etc, deu uma nova vida ao espaço e atraiu, em permanência, muito mais gente que enchia as ruas. O que se pede para o concelho das Caldas, e especialmente para o espaço urbano, muitas vezes não são grandes obras, mas pequenas modificações que podem dar um novo élan.
Percebemos que o mercado da fruta está em decadência em muitos dias da semana, com exceção do sábado, pelo que haveria que pensar algumas alterações que dessem outro dinamismo e atratividade. Uma das ameaças refere-se ao estacionamento, pelo que se pergunta por que não colocar parquímetros não para o cobrar, mas para limitar o tempo de utilização (há exemplo nalgumas cidades). Outra ideia que um dia surgirá, provavelmente, será oferecer o espaço aos vendedores em vez de o cobrar, podendo até chegar o dia em que eles sejam premiados materialmente pela sua presença no local. Outra questão refere-se ao sistema das bancas, cuja utilização tem inércia e custo elevado, decorrente da montagem e desmontagem, e que, ao fim de algum tempo, tende a degradar-se e a perder a originalidade e a cor que já teve.
Igualmente seria de pensar alternativas ou fórmulas para resolver o problema da incomodidade da praça, tanto para vendedores como para compradores, quando está muito frio ou chove. Nada impede que o assunto seja estudado por especialistas e não curiosos.
Atitudes deste género seria de utilizar com outros pontos de interesse da cidade, como, o parque e a mata, as ruas do comércio urbano, outros locais, como a Foz ou Salir, outras freguesias, e mesmo, descobrir uma fórmula para atrair parte do turismo que Óbidos recebe aos milhões. Captar 1% desse afluxo atraído por ofertas locais a dez minutos de distância era altamente positivo. Numa grande cidade corresponde a um quarteirão vizinho. ■