José Luiz de Almeida Silva
Aproxima-se o Natal de 2022 e quando esperávamos poder disfrutar uma época festiva mais calma e com menos contingências, eis que se junta no nosso quotidiano, uma guerra que se está a transformar num evento que perdura e nos onera em todos os sentidos. Quase três anos de pandemia, agora mais contida e presumivelmente dominada com o saber e a inovação dos homens, vivemos há quase 9 meses um pesadelo diário resultante da invasão da Ucrânia pelos russos, que agora aqueles parecem controlar, tornando o conflito numa disputa para sinalizar os próximos tempos e novos conflitos regionais ou globais.
Contudo, tudo isto que parece ter vindo para ficar por algum, talvez demasiado, tempo, está a pesar muitos nos contendores, mas também no resto do mundo e também em nós, não por razões e culpas próprias, como há uma década, em que pagávamos alegadamente por “vivermos acima das nossas possibilidades”, mas agora por estarmos na Sociedade Global, em que um bater de asas em qualquer local, cria uma tempestade bem longe. E neste caso é um bater de asas muito forte e persistente.
Por isso vamos viver um Natal, outra vez de forma anormal, com restrições, limitações, dificuldades, nos consumos energéticos ou na inflação, mas também com novas ameaças mais difíceis de enfrentar, resultantes das alterações climáticas, cujas consequências ainda são mais imprevisíveis e que não resultam de um qualquer Putin. Aquando da pandemia, víamos o futuro próximo muito nublado, mas com raios de sol a perfurarem o horizonte. Desta vez a incerteza é tão grande, dado que estamos a lidar com gente pouco previsível e que navega nas brumas de um pensamento arcaico e temível. Houvesse alguma forma de inverter a situação baseada na inteligência que permitiu descobrir a cura ou o domínio do mal pandémico tão rapidamente…
































