Dificilmente entenderão a alegria e regozijo sentido pela Gazeta das Caldas ao assistir a um debate dos empresários e responsáveis institucionais da região Oeste sobre transição energética, descarbonização nas empresas, sustentabilidade, comunidades de energia, temas de alguma forma presentes nas preocupações do jornal desde há quase meio século, quando se falou da instalação em Ferrel da 1ª Central Nuclear portuguesa.
Nessa época trouxemos às Caldas personalidades como os professores Delgado Domingos, José António Saraiva, Matos Ferreira, Carlos Caldeira, como o jornalista Afonso Cautela ou o ecologista José Carlos Marques, entre muitos outros, falar sobre estes temas, como fizemos a apresentação na altura inédita, em Salir de Matos de um coletor solar feito por um emigrante português em França, iniciativa que trouxe cá a RTP e vários jornais nacionais.
Cinco décadas de caminhada e de crescendo de dificuldades energéticas, simultaneamente com alterações climáticas, como de inovações tecnológicas surpreendentes, que permitiram grandes transformações na economia e nas mentalidades das pessoas, constituíram novas oportunidades para as empresas agora a utilizarem com muitas vantagens as energias alternativas e não fósseis.
Assistir à criação da Comunidade de Energia da Rainha em 2023, com a instalação de uma central solar com cerca de 1 MWp e mais de 1800 painéis solares criando um Bairro Solar, é a nossa vingança para aqueles que neste período nos consideraram ingénuos úteis ou utópicos sem sentido. É uma boa notícia neste início de 2023 esperando que se concretize rapidamente com reais benefícios para todos. ■
Editorial: Boas notícias
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