Debate “Cuidados Hospitalares” no Oeste

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O “debate” sobre o novo Hospital iniciado com as intervenções de uma dezena de preletores, a maioria pouco acrescentando ao tema já muito debatido, serviu apenas para repetir argumentos que dão para todas as opções, havendo em alguns casos em que se afirmava que os mesmos nem certamente alteravam o sentido do que está delineado. Salvaram-se as intervenções mais objetivas de um especialista de planeamento regional, que contestou o principal foco enunciado pelo estudo – tirar o hospital das Caldas para o colocar num “deserto” urbano – e as dos elementos vindos de Rio Maior (muito aplaudidos), tanto da maioria política local como da oposição, que de forma clara e inequívoca, desmontaram alguns dos pressupostos do estudo e contrapuseram factos objetivos referentes aos utentes do seu concelho, que foram trocados por outros que não utilizam o CHO e que nunca o utilizarão.
Faltou a afirmação perentória do que se quer para o “Novo” Hospital a partir de 2030, quando, ele puder existir em concreto, e que seja sensível a um novo mundo da medicina hospitalar, cujas tendências já se descortinam e com uma nova procura de doentes que dominem melhor a literacia da saúde.
Isto igualmente com um sistema de saúde em que as crescentes assimetrias entre público e privado não vão subsistir, em que a maioria dos trabalhadores do público beneficiam do sistema privado (ADSE), e os trabalhadores privados são obrigados a servir-se do SNS, quando não têm seguros de saúde. Esta (in)equação terá de ser resolvida rapidamente, sabendo-se que despejar milhões no sistema público não é sustentável nem resolve..

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