De 16 a 22 de setembro decorre a 15ª edição da “Semana Europeia da Mobilidade”, sob o lema “Mobilidade inteligente.Economia forte” [http://www.mobilityweek.eu]. A mobilidade de pessoas, bens e serviços é um dos factores estratégicos mais relevantes das políticas urbanas de desenvolvimento económico e social da cidade e concelho das Caldas da Rainha, fundamentais para o reforço da sua identidade e centralidade territorial. Por isso, as Caldas da Rainha deveriam ter um papel muito activo na implementação de políticas inovadoras de mobilidade inteligente, que fortaleçam a economia local de todo o concelho e a sua relevância regional. Lamentavelmente, a inércia da maioria PSD absolutamente instalada na Câmara e Assembleia Municipal impede a participação institucional do município em tão relevante evento europeu. Ao contrário do município de Torres Vedras, que tem uma participação activa neste evento europeu, a maioria PSD instalada na Câmara Municipal das Caldas da Rainha nada apresenta, não participa. Com tal atitude, todos perdemos!Na verdade, o desenvolvimento social e económico da região Oeste depende em larga medida das atitudes e políticas inovadoras dos seus dois principais centros urbanos: Caldas da Rainha e Torres Vedras. Se o município das Caldas da Rainha não participa, vai perdendo paulatinamente importância regional no contexto da região Oeste, por falta de comparência, por ausência de resposta!
Tal como eu, muitos cidadãos caldenses lamentam esta inércia e ausência de visão política da maioria instalada que nos governa relativamente às políticas municipais da mobilidade. Todos conhecem o estado lamentável das estradas municipais, que aliás foram objecto de uma excelente reportagem neste mesmo jornal (ler Gazeta das Caldas, 2016/06/24). O caso mais paradigmático é o da antiga Estrada Nacional 360. A EN 360 é uma estrada que integrava a rede nacional de estradas de Portugal, que se previa ligar a praia da Foz do Arelho a Fátima, numa extensão de cerca de 82 km. Isto é, uma ligação transversal do mar até para além das Serras de Aire e Candeeiros. De uma maneira muito simbólica, o ponto quilométrico zero está junto ao Hotel Facho, isto é, no ponto mais extremo da Foz do Arelho, junto ao mar.Contudo o projecto nunca foi concluído, subsistindo apenas os troços Foz do Arelho-Benedita, assim como o troço Minde-Fátima. A EN 360 é portanto uma via estruturante do concelho das Caldas da Rainha, atravessando-o em toda a sua extensão transversal. Apesar da municipalização da EN 360 já ter ocorrido há muitos anos, a actual maioria PSD instalada na Câmara e Assembleia Municipal nada faz para a sua modernização. É lamentável que os Caldenses de Carvalhal Benfeito demorem cerca de 30 minutos para percorrer os 15 km que os separam da sede do concelho.
Para terminar este artigo com um sorriso de optimismo no futuro, sublinho as participações empenhadas na “Semana Europeia da Mobilidade” da empresa Schaeffller Portugal e do Agrupamento de Escolas Raúl Proença, com um conjunto de actividades registadas muito interessantes, ilustrativas das mudanças de atitudes sociais e políticas que estão a ocorrer na nossa sociedade. Um excelente motivo de reflexão para todos os Caldenses, nomeadamente para os seus representantes políticos!
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