Dar vida à cidade

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José Luiz de Almeida Silva

Há dias foi inaugurada em Lisboa uma residência universitária, com capacidade para mais de três centenas de camas, prometendo-se mais residências para a capital como para outros pontos do país.
O Polo do Politécnico das Caldas da Rainha tem duas residências universitárias, que dão resposta a um número reduzido de estudantes para a procura existente, ainda por cima situadas em pontos periféricos da cidade. Está prometida outra residência, com base nos financiamentos do PRR, mas que se anuncia também para a periferia da cidade.
A forte atratividade do ensino superior e profissional nas Caldas da Rainha, mesmo com uma oferta insuficiente de cursos e de vagas especialmente na ESAD, criam uma importante dinâmica na oferta e procura de habitação na cidade.
A oferta privada tem beneficiado desta procura no que é vantajoso para a economia local, a que acresce a procura criada pelos ex-estudantes que se mantêm a viver nas Caldas para beneficiar da emergência de um cluster de indústrias e atividades criativas e culturais. Contudo, tudo isto tem acontecido de forma ocasional e sem qualquer estratégia ou visão conjunta para este fenómeno.
Esta realidade, que tem transformado a imagem e realidade da cidade e dos arredores, juntamente com a atratividade crescente da população idosa e de reformados estrangeiros que vem viver para a nossa região, devia ser acompanhada com uma atitude proactiva das autoridades locais, para atrair ainda mais pessoas de países com elevado potencial. Isto para não falar da possibilidade de atrair turismo sazonal e ao longo do ano beneficiando da proximidade com verdadeiros fenómenos turísticos como Óbidos, Nazaré, Alcobaça etc.. Urge visão e atitude. ■

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