Não sei o que preocupa mais: a ameaça de uma nova vaga Covid ou a (in)capacidade do serviço nacional de saúde dar uma resposta adequada a quem necessitar de cuidados….
O tempo “frio” é uma altura do ano em que, sobretudo os serviços de urgência dos nossos hospitais, registam um elevado afluxo de utentes, nomeadamente idosos com doenças crónicas facilmente descompensadas por infeções respiratórias. Anualmente, no inverno, assistimos a inúmeros registos, nos vários meios da comunicação social, de sobrelotação dos serviços, intermináveis tempos de espera para atendimento, condições pouco dignas de acolhimento. Seguramente, este será ainda mais o “inverno do nosso descontentamento”, para utentes e para profissionais de saúde.
À “tradicional” época da gripe sazonal e das infeções respiratórias bacterianas ou virais virá somar-se o “Covid” e a destrinça não será fácil, pois o leque de patologia respiratória será mais vasto e cairá todo no mesmo denominador comum de sintomas: febre, tosse, falta de ar….
Quero, pois, deixar aqui o meu alerta para a necessidade de “preparamos” ainda mais e de modo especial a “estação fria” que se aproxima. Assim permitam-me elencar alguns cuidados que serão fundamentais em “tempo de frio” para a população em geral, mas sobretudo para os grupos mais vulneráveis e de risco:
– aquecimento e arejamento adequado das habitações, cuidados com as fontes de calor, sobretudo lareiras e sacos de água quente
– vestuário adequado (várias camadas de roupa sobreposta, material respirável, proteção das extremidades)
– alimentação e hidratação adequadas
– pratica de exercício físico moderado
– evitar locais fechados ou com grande concentração de pessoas
– evitar saídas ou permanência no exterior com temperaturas muito baixas
– respeitar as regras de etiqueta respiratória (lenços descartáveis, não tossir ou espirrar para as mãos, lavagem frequente destas)
– manter distanciamento social
– utilização de equipamento de proteção individual (máscaras)
– vigilância de pessoas que vivem sós ou isoladas
– vacinação atempada para a gripe sazonal: pessoas com mais de 65 anos, portadores de doenças crónicas (respiratórias, cardiovasculares, insuficientes renais, doenças hepáticas, diabetes, imunodeprimidos), grávidas, residentes em instituições prestadoras de cuidados de saúde ou prisionais, pessoal de creches ou infantários, profissionais de saúde
– vacinas antipneumocócicas (de acordo com as indicações dos médicos assistentes).
Assim poderemos minorar as consequências individuais e coletivas, contribuindo para que “tudo fique bem”!!!!!
Cuidados em tempo de frio
- publicidade -

































