Craneopuntura?!… Doutor, vai pôr agulhas na minha cabeça?

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Apesar do receio de alguns pacientes ou mesmo dos estudantes de acupuntura, é possível punturar o crânio sem dor ou desconforto. À pergunta usual: “isso não vai furar a minha cabeça?”; responde-se,  com um certo ar de graça, “se me der um prego e um martelo acho que consigo furar mas com agulhas de 0,40 e 0,25 mm de diâmetro será impossível, e, isto porque os ossos que revestem o seu cérebro têm alguns milímetros de espessura. Para já, fica aqui a definição que a craneopuntura consiste na inserção de agulhas em áreas específicas do crâneo com o objetivo de obter melhorias num vasto leque de doenças.
Enquanto que a acupuntura tem milhares de anos de existência e inicialmente utilizava-se agulhas de pedra, de osso e finalmente de metal, a craneopuntura surge em pleno século XX mais precisamente em 1958, na província de Shanxi – China, pelos fundadores Dr. Jiao Xunfa e Dr. Fang Yunpeng, os quais vão basear-se no conhecimento e medicina ocidental da anatomia e fisiologia do cérebro. Tendo conhecimento que o cérebro tem áreas próprias que regem a fala, os movimentos, a audição, etc., estes médicos desenvolvem um sistema próprio de linhas que percorrem a caixa craniana e que ao inserir-se as agulhas de acupuntura subcutaneamente estas irão trazer melhorias ou curas às sequelas de AVC, doença de Parkinson, dor ciática, lombalgia, etc. A craneopuntura torna-se popular na China na década de 1970 e pouco a pouco é introduzida no mundo ocidental pelos acupuntores mais experientes.

Ana Marques

Acupuntora
ana.marques.4466@gmail.com

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