Filipe Mateus
Inspetor, professor convidado do ensino superior, formador
O CR Inove é uma iniciativa composta por uma rede informal de entidades do Sistema Regional de Inovação (SRI), que pretende promover um processo estruturado de cooperação e partilha de informação entre as Comunidades Intermunicipais, as Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN) e as Associações Empresariais da Região Centro, promovido pela CCDR-Centro (CCDR-C). O objetivo é mobilizar os agentes, potenciar os recursos e competências existentes no domínio da inovação e melhorar a interação dos produtores de conhecimento e tecnologia com os seus potenciais utilizadores, assente sempre, numa lógica de partilha de recursos e reforço e complemento das iniciativas já existentes na Região Centro. No Oeste, os parceiros que aderiam a esta iniciativa são a CIM Oeste, dinamizador regional; o IPL; o COTHN; o Smart Farm Colab; a OBITEC; a FAERO; a ANP; a APMA e a AIHO.
A estratégia do CR Inove na região é a subdivisão em 8 sub-regiões, sendo que no Oeste tem como atores ativos, um dinamizador sub-regional e um pivot. O dinamizador sub-regional, escolhido pela Oestecim, é Sérgio Félix, assume uma função tutelar e de mentoria, consubstanciado no acompanhamento das atividades a desenvolver na sub-região pelo pivot, em articulação com a estrutura de coordenação do CR Inove. Por sua vez, o pivot, Teresa Leal, tem como funções, o apoio às atividades propostas pelo dinamizador, em coordenação com a CCDR-C; elabora o plano de ação a dinamizar na sub-região; promove a ligação entre entidades do SRI, municípios e tecido empresarial; organiza e gere as bases de dados das entidades do sistema regional de inovação da sub-região; apoia a organização de eventos; promove visitas às entidades do SRI e às empresas da sub-região.
As iniciativas a dinamizar numa 1ª fase são agilizar nas PME o processo de inovação, através da incorporação ou da adoção de novos produtos e/ou de processos, novas áreas de negócio e soluções/tecnologias existentes no SCTN; desenvolver um projeto piloto, financiado pelo Centro 2030; promoção de auditorias/diagnósticos e respetivas medidas corretivas, a serem realizados pelas entidades credenciadas do SCTN (designadamente economia circular); promover a criação de uma rede de contatos e de competências, por área tecnológica, com o objetivo de identificar a resposta/solução tecnológica, aos problemas apresentados pelas entidades do SRI e o desenvolvimento de iniciativas de interesse sub-regional, propostas e consensualizadas pelos parceiros. Numa 2ª fase, algumas da iniciativas passam por estruturar projetos comuns de formação à medida das necessidades das empresas, com envolvimento das Instituições de Ensino Superior, de forma a ter ofertas formativas qualificadas e massa crítica na sub-região e ser um agente facilitador na captação de investimento e instalação de empresas na Região Centro, neste caso o Oeste, funcionado como uma porta de entrada e um embaixador para a promoção das capacidades, especificidades e competências da região.
Estas iniciativas são sempre benéficas para potenciar a Região Centro (o Oeste), aguardando-se com expetativa o desenrolar deste projeto. Promover a criação de projetos de I&D de interesse regional, assentes nos desafios do tecido económico, em temáticas essenciais às prioridades de especialização inteligente. ■

































