Foi com estupefacção que li a resposta do senhor presidente da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha à carta da cidadã Margarida Mauperrin, sob o título “Falta de respeito na Assembleia Municipal”. É uma prosa rancorosa, demagógica e imprópria de um alto dirigente de órgão autárquico em democracia, a quem se exige imparcialidade e urbanidade, e que acaba por confirmar a acusação de “falta de respeito” que pretende negar. Um tiro no pé. E não podia faltar o inaceitável processo de intenção e vitimização, ao afirmar que a cidadã “usou o insulto soez e pessoal como arma de combate político”, o que só pode resultar da imaginação do visado, pois tal não se vislumbra na leitura da referida carta. Acredito que não fosse sua intenção, mas objectivamente parece querer condicionar a cidadania participativa, ao invés de a promover como lhe compete.
Na realidade, os trabalhos da Assembleia Municipal têm muito a corrigir e melhorar em termos de respeito democrático e competência decisória, pecando as críticas de Margarida Mauperrin, não por excesso, mas por defeito. Qualquer cidadão pode confirmá-lo facilmente, bastando assistir a uma sessão deste órgão autárquico. Prioridades erradas, votações confusas, comentários desrespeitosos, violações regimentais, ruído e desatenção, bajulice quanto baste, a estes e outros episódios se tem assistido com grande preocupação na Assembleia Municipal. Evidentemente que a responsabilidade não recai apenas sobre o seu Presidente, mas a este compete cuidar da dignidade, do prestígio e da eficácia da casa da democracia caldense. E o que se exige é que todos, sem excepção, sejam efectivamente “o exemplo de uma lufada de ar fresco na política concelhia”.
José Rafael Nascimento
NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta ao presidente da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, que nos enviou a seguinte resposta:
Confesso que aprecio a solidariedade entre os membros do movimento independente que assistem às Assembleias Municipais, como, aliás, claramente resulta desta carta enviada à Gazeta.
Contudo, não passa de mais do mesmo, isto é, puro combate e chicana política, bem ao pior estilo dos partidos.
Parece mesmo que vamos passar a a assistir a uma estratégia concertada no sentido de, semanalmente, haver alguém de ”serviço” a comentar, para mais acintosamente, a actividade da Assembleia Municipal.
Não me parece, volto a afirmar, que tais atitudes sejam coincidentes com a intenção antes propalada de vir aí agora uma “lufada de ar fresco” para a política local.
Todavia, desejo deixar consignado que estou, e estarei, sempre disponível para aceitar a critica, desde que construtiva e destinada a melhorar o que menos bem estiver pelo que, cartas deste tipo, dificilmente terão mais resposta, ou comentários, da nossa parte.
Luís Ribeiro

































Quando no passado ano me questionava sobre em quem votar nas autárquicas, achei que após ter tido algumas informações sobre os programas, nada melhor do que assistir a algumas assembleias municipais de forma a tentar tirar algumas duvidas.
E é curioso como nas 2 ou 3 assembleias a que fui fiquei completamente esclarecida.
E não que ache que o sr presidente da Assembleia Municipal não falhe, porque acho que falha, a verdade é que o comportamento do MVC, que para mim era a esperança para a cidade se mostrou de um baixo nível inacreditável, chamando inclusivamente nomes aos membros da assembleia. Foi uma verdadeira vergonha e foi por esse fato que neles não votei, são muito piores que qualquer um dos outros. Sr. Nascimento, quando o seu candidato do para o PSD não foi escolhido, basta ir ao seu Facebook para ver a propaganda que fez a favor, rapidamente se passou para o MVC, o que aconteceu? Ficou revoltado ou ganhou outro poleiro?