Aqui há dias realizaram-se nas Caldas dois concertos simultâneos do mesmo género musical, um da responsabilidade do CCC e outro de iniciativa privada, para o caso um espectáculo de Jorge Fernando e de Fábia Rebordão que se apresentou no grande auditório e o outro de Nuno da Câmara Pereira, que se realizou na praça de touros, respectivamente.
O que é que isto tem de estranho, podem perguntar muitos de vocês? Tem, na realidade, porque estamos a falar de públicos com o mesmo tipo de gosto, de propostas que embora distintas complementam-se, pois estamos perante profissionais com percursos afirmados dentro do mesmo género musical.
Quem nos perguntou sabe que lamentamos que situações destas possam acontecer na cidade, mas o que não pode ficar impune são insinuações de profissionais que deveriam saber que a programação de espectáculos desde 2008 mudou na cidade e na região e que uma programação regular e de qualidade não se apronta em função desta ou daquela oportunidade de negócio. São necessárias muitas avaliações para se optar por um género de espectáculo, efectuadas na maioria das vezes com meses de antecedência, pois há que estudar as ofertas e os géneros em função dos públicos e do mercado. Quem avalia o nosso trabalho sabe que temos tido sempre a preocupação de não sobrepor programas e actividades que concorram para enfraquecer as várias correntes de público que existam na cidade e região.
São mentira, pois, as afirmações efectuadas por Nuno da Câmara Pereira que, em pleno espectáculo, vociferou impropérios a propósito do espectáculo que à mesma hora estava a decorrer em condições de excelência no Centro Cultural e de Congressos (lembramos que esta é uma das melhores salas de espectáculos na actualidade em Portugal) e que tinha sido programado há mais de 6 meses, em parceria com uma das produtoras de maior credibilidade do mundo do espectáculo em Portugal, e que bastaria uma pesquisa no nosso sitio (www.ccc.eu.com) para confirmar estas nossas alusões. Como se não bastasse, o artista em causa usou da palavra para atacar os políticos, facto que também estranhamos, pois a visão que demonstra ter em relação à programação do CCC é no mínimo provinciana e sem fundamento, o que lamentamos, não pelo carácter das afirmações em si, mas sim porque não são verdadeiras. Que diabo! Bastaria que os parceiros promotores locais tivessem dado a informação e os esclarecimentos adequados ao artista, explicando-lhe que o CCC possui uma administração e uma direcção autónomas e que em vez de fazer um discurso eloquente contra os políticos locais, o tivesse feito apenas em relação a nós, apesar de sabermos que o que disse não corresponde à verdade.
Não acreditamos que este tipo de incidentes possa denegrir e por em causa o trabalho sério e de critério que o CCC tem desenvolvido nos 3 anos da sua existência, porque acreditamos que os interesses que nos estão vinculados não são os mesmos que os que ali foram badalados.
Lamentamos não termos ainda conseguido realizar muitas das coisas do mundo do espectáculo (mas, na verdade, são poucas as que ainda não conseguimos realizar), mas não nos podem calar com inverdades. Estamos e estaremos sempre disponíveis para acordar e planear com todos os parceiros vocacionados para estas áreas, num esforço conjunto para equacionar programas e datas, uma vez que o nosso primeiro objectivo é trazer às Caldas da Rainha, sua população e região, o melhor. Desculpem lá a nossa franqueza.
Carlos A. R. Mota
Director Geral do CCC






























