
Adelino Gomes estava lá e ouviu os tiros a dez quilómetros de distância. Outro caso: quando morreu Walter Cronkite foi referido o facto de o presidente Johnson ter dito ao seu secretário de imprensa esta frase «Se perdi Cronkite, perdi o País!» depois de o jornalista falar da «negociação» como solução para o conflito do Vietname. A verdade é que Johnson nem sequer ouviu a transmissão da CBS.
Último caso: no dia do lançamento deste livro passei perto do Coliseu dos Recreios. Um prédio ostentava o emblema do Sport Lisboa e Benfica com a bola e a roda da bicicleta (de 1908) mas por baixo uma indicação errada (1904) tão errada que, o clube fornecedor da roda da bicicleta em 1908 na fusão dos dois, só foi fundado em 1906.
O ponto de partida do articulado sobre os telejornais está enunciado: «Nos anos de 2007 e 2008 vivi durante cerca de dez horas diárias, em três períodos de uma semana, nas redacções de cada uma das três estações generalistas de televisão em Portugal. Acrescentei que desejava observar, mais do que interrogar, o processo de rotina que conduz à construção do jornal televisivo das 20 horas. O livro é um desafio a quem gosta de jornalismo ou se interessa pela História do seu país. Não por acaso o autor se pronuncia sobre a diferença entre notícia e história: «Uma boa notícia não dá necessariamente uma boa história em televisão. E uma boa história nem sempre é uma grade notícia. Uma história com valor noticioso não faz necessariamente boas audiências. Do mesmo modo que nem todas as histórias que fazem boas audiências têm valor noticioso».
José do Carmo Francisco
































