Associativismo

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Teresa Marques
empresária

O associativismo é das maneiras mais nobres que cada um de nós tem de mostrar o quanto se preocupa com o próximo. Independentemente do serviço prestado poder ser ou não remunerado, deve ser sempre prestado sem interesse pessoal, mas sim para o interesse geral.
O associativismo é uma experiência pela qual todos deveríamos passar. No meu entender é das melhores formas de crescermos interiormente e de aprendermos a viver mais perto dos outros.
Compreender o que podemos fazer para melhorar e ajudar a nossa sociedade, a crescer sem ter como finalidade só os interesses económicos. É através do associativismo que se preserva e transmite aos mais novos a nossa história e tradição. Só através do associativismo se conseguiu possibilitar a muitos de nós a prática de diversos desportos ou atividades culturais como a música, o teatro ou a dança. Se não fossem as nossas associações e o trabalho que desenvolvem, se calhar hoje não tínhamos Ranchos Folclóricos, Bandas Filarmónicas, Teatro Amador, Basquete ou Vólei entre tantas outras atividades.

As associações substituem em muito as obrigações do Estado

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No associativismo o importante é a gestão da instituição para o bem-estar dos seus associados /utentes. Com o crescimento e desenvolvimento das associações o tempo dispensado por alguns dos seus diretores é cada vez maior e mais exigente. A necessidade de alguns cargos diretivos passarem a ser remunerados, não como um posto de trabalho mas como um apoio, parece evidente e penso ser preferível à utilização indevida de meios.
As associações substituem em muito as obrigações do Estado em relação ao desenvolvimento cultural e desportivo dos jovens. Por isso são apoiadas pelas autarquias ficando a faltar o apoio do Estado Central que podia passar pela dispensa do pagamento de taxas e impostos, como o IVA ou o IMI, por parte das associações.
Após este período difícil que se tem vivido, o trabalho das associações vai ser ainda mais importante para que todos nós possamos retomar um ritmo normal da vida,
A todos nós que, de uma maneira ou outra, já fizemos parte de uma associação, cabe-nos passar o testemunho aos mais novos. Assim, deixo aqui um apelo aos jovens: não deixem morrer o associativismo, não deixem morrer a associação da vossa terra ou do vosso bairro. Pertencer a uma associação não é “uma seca”, no meu caso ensinou-me muito, trouxe-me muito conhecimento e principalmente muitos amigos.
A todos os associativistas desejo um excelente trabalho e força para seguir em frente. O Associativismo é a mais nobre forma de fazer política.

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