Um apelo para um Príncipe e uma Rainha num mundo desencantado

0
549

O meu nome é Catarina Santos, sou natural da freguesia de Benedita, onde residi e estudei até aos meus 19 anos, altura em que rumei a Lisboa na procura de uma nova identidade.
Actualmente sou enfermeira no Instituto Português de Oncologia. Uma instituição de nobres princípios, onde todos os dias se trava a dura batalha contra o cancro.
Esta é agora a minha segunda casa, o meu segundo lar. E quando se fala em lar, fala-se em família, fala-se em laços, fala-se em cuidar… que não é mais que a essência da minha profissão.
Nesta casa todos os dias somos confrontados com histórias de vida impressionantes. E nem todas felizes. Muitas vezes é difícil não levar “trabalho para casa”, pois se falamos de laços, falamos de afectividade, e a afectividade envolve as pessoas.
Esta carta surge, exactamente, como consequência de uma das minhas reflexões.
No verão do ano passado, conheci o Rúben (um rapaz de 17 anos, com um tumor ósseo no braço/ombro esquerdo) e a sua mãe, Sandra. O Rúben esteve a fazer tratamentos de quimioterapia no serviço onde trabalho e, ciclo após ciclo, a afectividade foi-se desenvolvendo, e dei por mim não só a administrar os fármacos ao Rúben, mas também a sentir a necessidade de administrar “injecções de sorrisos”. Já não existia um dia em que o objectivo não fosse, para além de cumprir mais um dia do protocolo, tentar roubar sorrisos a este menino de olhos azuis.

O Rúben esteve sempre acompanhado da mãe. E que bem acompanhado! Pois falamos da mãe mais sensacional que conheci na vida (depois da minha)! Um Príncipe e uma Rainha, num mundo desencantado. Um filho e uma mãe, cuja relação personifica o que entendo por Amor.
Infelizmente, o tratamento da doença do Rúben não está a correr como o esperado. O tumor tornou-se, subitamente, muito agressivo, impedindo o Rúben de ser operado, como era planeado inicialmente. Neste momento, o IPO e a medicina em Portugal não conseguem oferecer muito mais alternativas terapêuticas ao Rúben. Neste momento, o principal objectivo desta mãe é procurar alternativas lá fora. É por isso que hoje vos escrevo, para fazer chegar o apelo da mãe do Rúben (www.facebook.com/ruben.belo.18?fref=ts).
Após ter tido conhecimento de uma vacina administrada numa clínica alemã, através de um artigo publicado na revista Visão e também através e uma reportagem da SIC, a mãe do Rúben estabeleceu este como o seu principal objectivo de vida. Para isso lançou um apelo nas redes sociais, que hoje faço chegar até vós, apelando ao vosso sentido de solidariedade.
Pretendo, com tudo isto, perceber qual é a possibilidade de divulgação deste apelo nas vossas páginas. Uma vez que, penso eu, seria a forma mais efectiva para chegar às diversas empresas que caracterizam a indústria da nossa região, mas também aos particulares (sendo que o consentimento dos intervenientes está garantido.)
Por acreditar que, se a dedicação for genuína, falamos de uma família, eu não poderia baixar os braços face ao esforço do outro, meu igual.
Ajudem-me (a continuar) a provocar sorrisos nestes dois seres humanos fantásticos!

Catarina Bernardo Santos

- publicidade -

- publicidade -