Foi celebrado no passado dia 20 de junho o Dia Mundial do Refugiado, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2001, cuja atualidade não pode ser negada por ninguém, face aos persistentes conflitos que se vão vivendo no mundo e às suas consequências.
Sendo a Europa uma dos principais espaços político económicos mais visados por esses fluxos, certamente deve merecer a nossa atenção e preocupação, seja a origem dos mesmos resultante de perseguições político-religiosas e étnicas, seja fruto de necessidades económicas pela miséria vivida nos países de origem.
Será importante recordar que no século passado, Caldas da Rainha foi uma verdadeira terra de asilo, fruto circunstancial de ser uma cidade termal com capacidade hoteleira, tendo acolhido primeiro refugiados Boers no início do século, depois republicanos espanhóis na sequência da guerra civil e mais tarde judeus em fuga da perseguição nazi durante a II Guerra Mundial.
Ou seja, Caldas da Rainha foi uma verdadeira terra de asilo mostrando a sua solidariedade e compaixão com pessoas perseguidas e em fuga, facto que devia ser testemunhado e vincado como um caso exemplar, em tempos que tal não acontece em muitas partes do mundo.
Mais, com o que sabemos hoje, a nossa cidade e a região muito ganhou com a atitude solidária que mostrou com essas pessoas em fuga desesperada, pois permitiu tornar-nos mais cosmopolitas, cultos e abertos ao mundo, fatores hoje determinantes do desenvolvimento e da resiliência e contrários à xenofobia e discriminação.
































