Num momento em que a economia global treme, Zé Povinho aprecia os riscos que os empresários assumem, e especialmente os pequenos empresários que baseiam a sua actividade nos recursos endógenos locais.
Na passada semana, a empresa Frutóbidos, da Amoreira, que produz a marca “Vila das Rainhas”, um produto local de Óbidos que já tem prestígio internacional, anunciou a decisão de construir uma nova unidade industrial, para quadruplicar a sua produção e diversificar a sua oferta. Mais interessante, ao colocar nos objectivos do investimento de 1,5 milhões de euros, a possibilidade de estender a actividade ao licoturismo, ou seja, numa acção turística para trazer à produção os próprios turistas que ali poderão viver experiências inesquecíveis e que os fidelizarão em relação à marca e à região.
A realização de jantares temáticos, sessões de fotografias, a possibilidade de fazer um pedido de namoro ou casamento no ginjal, ou mesmo produzir o seu próprio licor, são ideias ainda pouco usuais no mercado nacional, mas que têm potencial no mercado internacional e ainda por cima perto da Vila das Rainha, que dá também o nome ao produto.
Zé Povinho saúda Marina Brás, a principal gestora e animadora daquele projecto familiar, lançado por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Mulher, que assim demonstra a sua fibra e determinação na concepção e implementação de um projeto daquela importância.
Encerrar uma escola básica que os seus pequenos utentes gostam muito de frequentar é uma decisão, pode dizer-se, trágica, que às vezes se compreende por razões económicas de viabilidade do projecto. Mas quando se trata de uma iniciativa associativa, ainda por cima, ligada a uma confissão religiosa, estas decisões implicam maior sensibilidade e cuidado.
Segundo alguns pais de utentes, e confirmada por um dirigente da associação, a direcção do Centro Paroquial pretende encerrar a escola a partir do próximo ano lectivo, começando pelo ano básico.
Zé Povinho entende que está no âmbito das funções da direcção do Centro Paroquial decidir sobre o futuro do projecto, mas nos tempos que correm exigia-se um diálogo coerente com os utentes, no caso com os seus encarregados de educação, com maior antecedência, por forma a evitar que se gerem boatos ou uma informação incompleta ou errada. As crianças e os pais mereciam uma explicação.
Por isso, a primeira coisa que Zé Povinho desejava era ter tido acesso a informação qualificada e não ao silêncio ensurdecedor, que permite gerar a convicção que a decisão está tomada para ser anunciada de forma irreversível. Zé Povinho espera que não seja assim, pois desta forma todos perdem, especialmente as crianças que frequentaram o infantário da instituição e que os pais desejavam que prosseguissem estudos naquela instituição. Mas também a cidade das Caldas
































