Quem fizer a história empresarial das Caldas da Rainha vai encontrar inúmeras empresas familiares caldenses, com algumas importantes excepções, que a certo momento tiveram uma grande dinâmica na região e depois ficaram pelo caminho, por razões familiares ou por exaustão do negócio.
Nos últimos anos grande parte dos estabelecimentos comerciais que têm sido criados nas Caldas da Rainha, vêm de investidores de outros concelhos ou de grupos económicos nacionais já consolidados.
Não é o caso que a Gazeta das Caldas narra esta semana pois trata-se de uma empresa bem caldense, criada há 30 anos por uma dupla de cunhadas para vender tintas localmente e que depois, com a ajuda oportuna de familiares, foi ramificando a sua actuação pelos distritos de Leiria e Santarém.
E está-se a falar de um sector muito difícil, onde as grandes superfícies e os grandes operadores actuam, muitas vezes com condições mais competitivas, faltando-lhe por vezes a qualidade e proximidade do serviço ao cliente.
A Ribeiro & Marques Lda. percebeu isto e apostou na qualidade dos produtos que vende, esmerando-se na escolha dos fornecedores e depois na pesquisa e contacto com os clientes.
Actualmente a sociedade é gerida pelo casal Rogério e Fátima Marques que num futuro próximo vão passar as rédeas da empresa para o filho a quem Zé Povinho deseja as maiores felicidades e que consiga continuar a trilhar os passos seguros dos seus pais, tendo como lema o bom serviço aos clientes para os fidelizar.
Zé Povinho nem acredita que o problema das moscas em Óbidos, surgido em 2007 numa localidade turística que tem sido nomeada e renomeada pelas suas qualidades e pelos seus atractivos monumentais, continue por corrigir 11 anos depois.
A Câmara e a Assembleia Municipal têm renovadamente defendido a resolução do problema com o encerramento de alguns aviários, que segundo muitos observadores e os responsáveis autárquicos locais, estão na origem de tais bichos repelentes.
A economia local ressente-se periodicamente quando o calor aperta, com a libertação de tais bichos, que incomodam, agridem a sensibilidade, prejudicam sanitariamente as actividades relacionadas com a restauração e a hotelaria, e ninguém no país e na região com poder coercivo verdadeiro, existe para eliminar tal problema.
Há países com imensos lagos que para obviar a abundância de melgas e outros insectos aconselham aos visitantes a levarem repelentes, mas nesses casos a causa é natural e todos a compreendem.
Contudo, no caso de Óbidos, custa a crer que este assunto não possa ser resolvido em definitivo, antes que uma situação de ruptura aconteça, com a decisão de algum operador turístico ou canal ou revista especializada a denunciar o problema e a aconselhar os turistas a desviarem-se da vila medieval.
Na Assembleia Municipal de Óbidos a acusação dirige-se sempre para o líder dos projetos agropecuários, Sr. José Tibúrcio Sobreiro, que mesmo criando e mantendo vários empregos no concelho, pode estar a matar a galinha dos ovos de ouro num país dos óscares internacionais do turismo. Para mais não se percebe a atitude complacente das autoridades de planeamento regional e do governo, que mesmo não havendo licença prévia adiam as decisões definitivas, prorrogando autorizações provisórias por mais uns anos. Afinal as moscas ainda contam muito na região e no país. Malditas moscas…

































