No artigo “Mercado diário ao ar livre: a Praça da Fruta das Caldas é única em Portugal?”, do dia 3 de Julho de 2015, venho por este meio reforçar a importância de conferir o devido valor histórico a este mercado. É fulcral a ação da comunicação social para que os responsáveis municipais movam esforços para promover, ainda mais, a “Praça da Fruta” como ícone turístico e também como local de interação entre todos os Caldenses.
Não consigo dizer com exatidão será realmente o único mercado que se desenrola diariamente durante todo o ano. Contudo, uma coisa é certa, mantém-se quase sem grandes alterações desde há muito tempo. Prova disso é a facilidade com que se reconhece a praça num vídeo promocional dos anos 60 que, por puro acaso, encontrei no youtube. Não sei se já tinham conhecimento deste pedaço de história. Podem ver aqui www.youtube.com/watch?v=efFgmgJOhjY o vídeo, sendo que a partir do minuto 13.12 se encontra o excerto de maior relevo para o que pretendo afirmar.
Trata-se de um anúncio, da já extinta TWA, um companhia aérea Norte Americana, que fazia referência não só às comodidades da sua frota aérea, mas também às atrações turísticas de Portugal. É dado a conhecer um roteiro turístico a ser feito por todo o país e também alguns dos costumes mais tradicionais do Portugueses. Infelizmente, a cidade das Caldas da Rainha não é efetivamente referenciada, ao contrário da Nazaré e dos seus pescadores, por exemplo. Surge no contexto de mostrar aos potenciais visitantes o vibrante comércio realizado no mercado da praça da fruta onde, tal como hoje em dia, se podiam encontrar os produtos hortícolas e frutícolas mais frescos e ainda as mais belas flores. Um dos grandes pontos de interesse do anúncio é a constatação do funcionamento do mercado, onde se reuniam as gentes da “terra” a vender os produtos e as gentes da “cidade” a comprar.
Espero que possam voltar a explorar este assunto no vosso jornal e dar a conhecer a mais pessoas este vídeo. É mais um evidência do reconhecimento feito por entidades estrangeiras ao mercado das Caldas. Portanto, deve continuar-se a trabalhar para que estas tradições não morram, mas também que sejam devidamente publicitadas e reconhecidas.
Bernardo Marques da Silva
































