Por: Luís Costa
Em plena época de festejos natalícios, de paz e de amor, o “país político” foi brindado com a notícia de que o PSD e o CDS iriam coligar-se na corrida às antecipadas eleições legislativas, recuperando, também, a defunta sigla AD.
Festa é festa! – E tem que ser de arromba! E como pode haver festa, sem fadista?! – Vai daí, juntou-se à festa o fadista Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, no caso, cantando crítica à nomenclatura conjugal, em virtude dos coligados se terem apropriado da mencionada sigla renegando a história da sua origem (em 1979) que incluiu, então, estoutro Partido.
Com sigla ou sem sigla, com fadista ou sem fadista, o que prevalece, reiteradamente, é o fado da política à moda portuguesa, no seu melhor: o CDS e o PSD, remetem-nos para um cenário de dois ébrios, sem norte, que não conseguem delinear o seu próprio caminho, nem destino (entenda-se projecto para o país). Perante a total obnubilação, insegurança e incerteza em que se encontram, decidiram, atarantados, juntar-se, tentando, desta forma, “a dois”, ultrapassar esse estado de reconhecida individual incapacidade. Acontece que o primeiro há muito que, comatosa e irrecuperavelmente, se perdeu; o segundo, vem apresentando postura cambaleante, com passos (que poderiam ser de coelho) desorientados e sem rumo.
Em princípio, a ebriedade não representa consequências graves para terceiros (apenas para os próprios).
O problema é que, em cenários como o descrito, existe sempre alguém que CHEGA e que se aproveita de tais fragilidades…
































