Haverá, seguramente, um conjunto de feriados, todos plenamente justificáveis (como são o 5 de Outubro ou o 1º Dezembro).
Mas, em minha opinião, apenas algumas datas merecem consenso quanto à sua receptividade popular.
E, desde tempos que se perdem na penumbra do tempo que nos países católicos se enraizou a prática festiva e anti-convenções do Carnaval.
Cavaco Silva soube, sentiu na “pele” e nos resultados eleitorais o que foi a não concessão, em 1993, da tradicional tolerância de ponto.
Sabe o signatário, enquanto, então, Presidente da Comissão do Carnaval de Torres Vedras o papel desempenhado na luta contra essa aberração (disso me orgulhei durante 19 anos).
Quis o Governo de Passos Coelho repetir a “graça”.
As reacções estão aí.
Dirá: o povo português não entenderia que após cortar quatro feriados se desse esta tolerância de ponto.
Só aparentemente há lógica nisto.
1º Não é de um feriado que se trata.
2º O Governo decidiu o corte dos feriados há uma semana. Tinha de o ter feito já? (não terá sido para arranjar uma desculpa oito dias depois?)
3º Não há, no Governo, um Ministro da Economia/Secretária de Estado do Turismo, que pudessem justificar o que esta medida avulsa e demagógica significa?
Não são os meses de Janeiro e Dezembro os mais terríveis para uma hotelaria agora ainda mais sufocada com a subida do IVA, numa altura de perda substancial de procura?
Pergunte-se ao Algarve ou à Serra da Estrela o real significado.
No Oeste sabemo-lo.
Com os corsos, de entre outros de menor tradição, em Torres Vedras (um dos maiores do país) Peniche, Nazaré ou Caldas da Rainha, a Região Oeste será profundamente afectada.
Solidário com Municípios, organizações, hotelaria e restauração, não pode o signatário deixar de manifestar a sua total incompreensão por tão impopular e demagógica medida.
António Carneiro
Presidente da Turismo do Oeste

































Concordo com a indignação. É uma falta de inteligência não apreciar o humor do Carnaval, e parece que há governantes-chico-espertos que o não apreciam. Na realidade o feriado e ponte do carnaval ajudam quem vive do turismo e restauração a aliviar a carga económica negativa do inverno, são como uma lufada de ar quentinho. Até podiam abdicar do 25 de Abril que muito serviu aos chico-espertos, do 1º de Maio porque trabalhadores é uma espécie em vias de extinção, do dia de Portugal porque este está afundado.O Carnaval nunca!
Os senhores governantes não apreciam o Carnaval porque andam mascarados o ano inteiro!
O presidente dessa inutilidade chamada “Turismo do Oeste” não é só incompetente e completamente alheio a tudo quanto são as necessidades da Região Oeste (e do País) em matéria de promoção turística. É também, como funcionário do Estado, desleal e insultuoso ao criticar desta maneira a decisão do Governo a que deve obediência. Demitam-no e rapidamente, sff!|