A história dos esgotos camarários da via pública que afinal tinham desaparecido!…

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Na sequência das declarações e recomendações do Sr. Presidente da Câmara de Caldas da Rainha, Fernando Costa, e do assessor dos Serviços Municipalizados, Luis Rolim, no artigo publicado na Gazeta das Caldas de 15/10/2010 sob o titulo “Caves inundadas de esgotos nas Cidade Nova”, os condóminos e também proprietários das garagens, usando do seu direito de resposta, não podem deixar de manifestar também publicamente, por este meio, o seu repúdio, indignação e sentimento de revolta por tais declarações, perante a realidade surrealista ocorrida nesse fim de semana.

Incrédulos pois a “falta de respeito” patente e o indirecto rótulo público que nos é posto a nós, cidadãos-contribuintes, de “estúpidos” e “ignorantes” por parte de quem está à frente de uma Câmara Municipal e respectivos Serviços Municipalizados e Saneamento deste concelho que, distorcendo a verdade dos factos numa “manobra de teatro” para se tentar “justificar” junto da opinião pública, pretende fugir e minimizar as responsabilidades que são das suas competências, numa tentativa de “sacudir água do capote” escondendo a realidade.
A realidade que vivemos naquele fatídico fim-de-semana foi digna de um filme. Vários residentes e pessoas que ali passaram, assistiram, com incredibilidade e espanto, aos serviços camarários a tentar “descobrir” na via pública, com um aparelho detector de metais, a procurar as tampas dos esgotos municipalizados que estavam debaixo duma camada de cerca de 10 cm de alcatrão (como se pode ver na imagem) à marretada no asfalto rua acima, rua abaixo, e ainda com um carro camarário para desentupirem os tais esgotos da via pública que haviam “desaparecido”, bem como uma escavadora. Pese embora o drama dos lesados, este cenário era digno de Grande Reportagem televisiva!
Não sendo possível relatar os acontecimentos destas inundações e o desespero que sentimos, estas proporcionaram-nos a possibilidade de contactar com todas as entidades a que se deve recorrer para resolver a situação, cujo atendimento de algumas nos surpreendeu pela negativa, face ao problema que nos fora criado pela autarquia – “descarga dos esgotos camarários da via pública nas garagens dos referidos Blocos”, cujas caixas tinham sido alcatroadas aquando das eleições legislativas e autárquicas de 27/09/2010 e 11/10/2009, respectivamente.
Agora tudo é justificado, afinal, pelas inundações causadas pelo mau tempo. (…)
Decorrido um ano da realização do asfalto ninguém dos serviços municipalizados da Câmara, nem da Junta de Freguesia de Sto. Onofre sequer se tinha lembrado de mandar limpar os referidos esgotos durante o Verão recente, acautelando-se das chuvadas e intempéries do Outono/Inverno. Senão teriam dado pela falta das caixas de escoamento camarários da via pública e atempadamente teriam providenciado a limpeza das mesmas.
Recorde-se os conselhos proferidos pelos Exmos Senhores:
– “Se alguém quer ter uma casa de banho na cave tem que ter uma bomba elevatória da cave para o rés-do-chão para daí sair para o colector”.
Perguntamos ao Eng. Luis Rolim se ele sabe exactamente qual dos condóminos tem casa de banho nas ditas?
“A Câmara recomenda aos proprietários dessas fracções que fechem os colectores o quanto antes para não lhes voltar a acontecer o mesmo, ou que assumam soluções técnicas para evitar que isso aconteça”.
De quem é a responsabilidade de zelar, limpar e tratar dos esgotos públicos que a própria Câmara já nem se lembrava que existiam?
De quem é a responsabilidade dos danos e prejuízos que individualmente tivemos, desde as despesas efectuadas individualmente às do condomínio?
Nós, que não temos nenhuma formação técnica e académica nessas áreas, perguntamos:  se fecharmos (cimentarmos) os colectores quanto antes, para não nos voltar a acontecer o mesmo  numa situação idêntica à que ocorreu, a porcaria das águas dos esgotos públicos, em vez de se ter espalhado pelas caves e garagens, não teria subido com a pressão saltando pelas sanitas e banheiras das casas sitas no rés do chão e primeiros andares?
Por último, importa recordar os argumentos e reacção de indignação que os condóminos e demais pessoas sentiram ao ouvir o teor do telefonema que fizemos à senhora Delegada de Saúde Pública, que manifestou recusa em comparecer no local, sem, contudo, termos ficado a perceber bem quais são as suas competências. (…)

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Os Condóminos dos Blocos 12 e Condóminos (garagens) Bloco 14
(seguem-se nove assinaturas)

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