A Festa do Senhor da Misericórdia em Alvorninha

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Realizou-se nos dias 6, 7 e 8 de Agosto a tradicional festa em honra do Senhor da Misericórdia em Alvorninha. Teve inicio às 19 horas do dia 6 de Agosto com a celebração da Santa Missa e continuou com o programa previamente divulgado, no recinto habitual, desde que o Centro de Desenvolvimento D. José da Cruz Policarpo foi inaugurado, ou seja, desde 2002.

Nos dias seguintes a Festa decorreu também num clima de grande simplicidade , devoção e animação, com muitas peripécias, mas cumprindo todas as regras pré-estabelecidas. Cumpriu-se o cartaz publicado e distribuído por diferentes locais, cuja programação incluía diversas iniciativas religiosas e lúdicas, que deram o verdadeiro sentido a este acontecimento.
Para que tudo isto se concretizasse, foi determinante a colaboração das colectividades, de muitos voluntários da Freguesia e dos membros da Junta da Freguesia, que responderam ao apelo do Padre Rui Gomes, representante da Comissão organizadora, que a preparam e organizaram com a devida antecedência, à semelhança do que ocorreu nos anos anteriores, com diversas reuniões de porta aberta a todos os que quisessem participar, permitindo a possibilidade de qualquer um levantar questões ou sugerir melhorias. O importante era garantir o sucesso deste evento.
Agradeço a todos, sem excepção, os que promoveram e tornaram possível esta grande Festa, tão importante para a nossa Freguesia. Mas de um modo especial, a toda a equipa dos fritos, com quem partilhei de perto, grande parte do tempo. Sem a preciosa disponibilidade e o saudável convívio, da D. Maria Tavares, D. Maria Costa, D. Isabel e de toda a vasta equipa da Ramalhosa liderada pela D. Hermínia, não tinha havido filhós nem coscorões. Que o Senhor da Misericórdia as encha de bênçãos e lhes dê muita saúde,  para continuarem a ajudar-me, com a mesma alegria e boa disposição, por longos anos.
Chamo a atenção para o facto de que muitos dos que colaboraram na Festa sacrificaram a sua vida pessoal, dando o seu melhor em prol do bem comum, pois só com esta relação de confiança, de franca cumplicidade e de entreajuda, foi possível assegurar a realização da mesma. Mais uma vez, o meu muito obrigado a todos.
Dito isto, concluo que há muitos anos que a Festa se realiza no mesmo recinto e que, mais uma vez, foram respeitadas todas as normas exigidas e adequadas a esta situação .
Logo, não se percebe porque é que no dia 8 de Agosto, último dia da Festa, pelas 22h30, todos os que estavam no recinto foram surpreendidos com a presença de elementos da GNR, devido a uma acusação apresentada por alguém que mora na vizinhança, por desrespeito às normas por emissão de ruído. Importa recordar que:
– Alvorninha só está em Festa três dias por ano.
– Festa, quer dizer, comemoração, alegria, encontro de pessoas, reunião de pessoas com fins lucrativos, animação, divertimento.
– Acusação, quer dizer, direito de declaração de um crime à justiça para que seja punido; denúncia atribuição de uma acção repreensível, condenável, censurável.
– A nota de acusação foi recebida no Posto da GNR pelas 22 horas, partindo do pressuposto que a autoridade foi célere no cumprimento do seu dever.
Assim sendo, qual o objectivo desta Festa?
Sinalizar a união da Freguesia de Alvorninha, a devoção ao Senhor da Misericórdia e recolha de fundos para melhoramentos da Igreja e restantes complexos Paroquiais.
Qual o objectivo desta acusação?
Sinalizar que existe uma ovelha tresmalhada na Freguesia que não quer a união da Freguesia, não é devota do Senhor da Misericórdia, não quer a continuação das obras de melhoramentos, porque, se confirmasse a desconformidade das normas referidas na acusação, a recolha de fundos, não chegava para a totalidade da coima a aplicar.
Concluo que, enquanto uns estão ocupados a trabalharem para a Freguesia, há quem tenha tempo para pensar na maldade, na traição, na desunião, sintomas de uma cegueira rancorosa, que não olha a meios para atingir cruelmente quem lhe faz frente. Foi um acto impensado, irreflectido e despropositado, tendo em linha de conta a intenção desta festividade. Incomodou, envergonhou e desrespeitou, não só, quem trabalhou afincadamente durante vários meses para garantir o êxito e a continuidade desta Festa, como toda a nossa Freguesia.

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Jorge Rodrigues

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