A Europa somos nós

0
473

Um grupo de autarcas, dirigentes e técnicos da administração pública, acompanhados de jornalistas de vários meios regionais, esteve esta semana em Bruxelas para reclamar a criação da nova NUT (Nomenclaturas de Unidade Territorial) II, que integrará as Comunidades Intermunicipais (NUT III) do Oeste, Lezíria e Médio Tejo.
Esta visita reveste-se de grande relevância em termos políticos, uma vez que reuniu os três presidentes das CIM, os quais voltaram a denotar entendimento total quanto às vantagens desta solução e aproveitaram para intensificar a pressão sobre as instituições europeias para fechar um dossiê que já tem o apoio do Governo.
Por mais paradoxal que possa parecer, há muitos anos que os territórios destas três CIM têm sido prejudicados pela proximidade a Lisboa, sobretudo para efeitos de acesso a fundos europeus, pois foram consideradas regiões “ricas”, quando a realidade evidencia precisamente o contrário. E mostra que é importante continuar a estruturar as políticas públicas no sentido de capacitar esta região para as próximas décadas e corrigir a ideia peregrina de colocar o Oeste no Centro ou Rio Maior no Alentejo…
Parecem não restar dúvidas que a nova NUT II é uma solução muito vantajosa para esta região, sobretudo para os concelhos que têm vindo a ser mais fustigados com a desertificação e a falta de investimento. Mas enquanto não há decisão formal de Bruxelas, é imperativo continuar a fazer lóbi e defender os interesses das populações. Porque se esta solução é positiva para o Oeste, a Lezíria e o Médio Tejo, também o será para as instituições europeias. Porque, afinal de contas, a Europa somos todos nós. ■

- publicidade -