A escola D. João II, está que é um primor

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“Teve início esta semana a instalação das vedações para a primeira fase da obra de recuperação da Escola D. João II, as quais deverão estar concluídas dentro de seis meses. A obra foi adjudicada à empresa Tensor – Construção Civil, Lda. por 3,5 milhões de euros.
Estas obras eram esperadas há vários anos, não só devido à degradação da escola, mas também por terem sido usadas placas de fibrocimento na sua construção original. Segundo alguns especialistas, quando este material se degrada há risco para a saúde dos utilizadores, nomeadamente se contiver amianto, que é uma substância reconhecida como cancerígena pela Organização Mundial de Saúde.”

in Gazeta das Caldas, 11/01/2008

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Parece-me que algo se encontra errado numa escola que sofreu obras de melhoramento tão recentemente, com o objectivo de proporcionar condições aos que a frequentam e no entanto a realidade, pelo menos para os alunos, manteve-se inalterada ou até pior.
Estranha-se que nos melhoramentos efectuados não tenha sido contemplado um espaço de reunião ou de abrigo, como prefiram designar, aos alunos de forma a resguarda-los das intempéries durante os intervalos das aulas.
A miudagem aguarda à porta das respectivas salas, à chuva, pois não estão autorizados a permanecer dentro dos blocos. Os petizes, como muitos dos encarregados de educação puderam com certeza já constatar, encontram-se expostos aos elementos e neste caso em particular, refiro-me à chuva. A rapaziada perante semelhantes condições acabam encharcados, os próprios livros e restante material escolar acaba por se degradar, para não falar que muitos permanecem na escola o dia inteiro tendo de aguentar com as roupas molhadas até chegarem a casa.
A preocupação torna-se evidente quando aparecem os primeiros sintomas de gripe, originando complicações tanto a nível da saúde como a nível de rendimento escolar, uma vez que se torna inevitável que os miúdos acabem por faltar à escola.
A questão que se coloca é: Será possível à escola resolver esta situação? Se sim, porque não agiu já nesse sentido? Se não, quais as medidas que já tomou ou pensa tomar junto das entidades competentes?
Defender o bem estar dos alunos e proporcionar condições que incentivem o gosto pela escola, vulgo estudos, é algo que se espera também da administração da D. João II. Já agora por onde anda a Associação de Pais e o que têm feito nesse sentido?

Carmo Pereira

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