No trabalho das valas e arrozais, são exímios os caramelos do Mondego baixo e da Ria de Aveiro. Vêm principalmente para a região de Setúbal e o vale do Sado, assim como os gaibéus do Norte do Ribatejo e das serras confinantes acodem à Lezíria para o mesmo fim. Gente das praias da foz do Lis costuma, durante o Inverno, vir pescar ao longo do Tejo: os da Borda de Água chamam-lhe avieiros e muitos por aqui arrastam um destino errante, tendo o barco por única morada.»
Um dos aspectos mais curiosos destas páginas tem a ver com as migrações: «As ceifas do Alentejo atraem grandes camaradas de trabalhadores. Sob a direcção de um manageiro, os ratinhos descem das montanhas mais pobres de Portugal: pequenos, delgados e nervosos, investem com denodo as searas mais opulentas.
(Editora: Letra Livre, Revisão: Andreia Baleiras, Revisão científica: Suzanen Daveau, Grafismo, paginação e capa: Inês Mateus, Foto: pastor tocando flauta em Fratel, Beira Baixa).
«Portugal – o Mediterrâneo e o Atlântico» de Orlando Ribeiro
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