Comunicado da Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso hospital”

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A propósito da nomeação do Conselho de Administração de Centro Hospitalar do Oeste a comissão de Utentes “Juntos pelo nosso Hospital” considera que não lhe cabe pronunciar-se sobre a composição de um Conselho de Administração – ainda que nos preocupe que essa administração possa, porventura, estar afastada da população. Faz sentido, sim, ter opinião sobre as decisões que essa administração possa tomar e que possam afectar todos os utentes.
No entanto, registamos e sublinhamos que, ao delegar no novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste as decisões sobre a reorganização e eventual encerramento de serviços hospitalares em Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, o governo de Portugal está a ignorar e desvalorizar a implementação de políticas integradas de desenvolvimento para a Região Oeste. Está também a ignorar e rasgar os compromissos anteriores assumidos pelo Estado Central com toda esta Região, o que também desvaloriza a política e descredibiliza o Estado. Todos sabemos que a reorganização dos serviços hospitalares tem reflexos na coesão social, territorial e económica da região, a médio e a longo prazo, e isso preocupa-nos verdadeiramente.
Como é do conhecimento público há, para nós, vários pontos em relação aos quais temos uma posição clara:
1. Não aceitamos, por exemplo, o encerramento em Caldas da Rainha de serviços de internamento básicos, como a Cirurgia, assim como não aceitamos o encerramento ou despromoção de outras urgências que levem ainda a uma maior afluência ao serviço de urgência de Caldas da Rainha e a uma consequente degradação do atendimento aos utentes.
2. Não aceitamos a criação de desequilíbrios graves na equidade de acesso aos cuidados de saúde hospitalares em diferentes especialidades, desequilíbrios esses que só poderiam ser corrigidos com a existência de uma nova unidade hospitalar de raiz vocacionada para servir 350000 habitantes.
3. E finalmente preocupa-nos sumamente a mais que provável linha de continuidade de pensamento e actuação deste Conselho de Administração em relação ao anterior, no que respeita ao termalismo, ao hospital termal e ao património termal, pretendendo a todo o custo a alienação do mesmo, não procurando soluções de futuro, descurando o património, pedindo sistematicamente a terceiros que assumam funções que lhes são devidas, como são exemplos recentes a análise das águas termais e a gestão e manutenção do Parque e da Mata.

A Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital”

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