Em comunicado, o PSD manifestou o incómodo em relação á proposta apresentada pelo CDS-PP, alternativa ao projeto redutor que irá ser construído na Praça da República, que continuará a permitir o trânsito à superfície, terá 27 lugares de estacionamento (pasme-se!) e não prevê qualquer infraestrutura de apoio aos vendedores. Já a proposta do CDS-PP prevê 250 lugares de estacionamento, 1.600 m2 de áreas de arrumação para vendedores e a passagem do trânsito por túnel, libertando todo o espaço à superfície para lazer e esplanadas. Estas são as diferenças, entre um projeto que se vai concretizar por decisão do PSD, legítima é certo, em contraponto a uma proposta estruturante para o centro da cidade, que daria respostas de apoio à “Praça da Fruta”, ao comércio, a habitantes, ao termalismo e ao turismo em geral. Uma proposta que pensa a cidade e o futuro.
Diz o PSD que estas obras “há muito que foram amplamente discutidas”, mas nunca foram discutidas, estas nem nenhumas, foram sim apresentadas como um facto consumado, como sempre foi habitual. É caso para questionar, por onde andava nessa altura o PSD, que nem ouviu os seus próprios militantes, que muito antes já defendiam uma proposta de características semelhantes à que o CDS-PP defende.
Por outro lado, tenta o PSD fazer crer aos caldenses que a proposta do CDS apareceu a 30 de Dezembro. Pura falácia. Esta foi uma das propostas apresentadas desde Julho, tendo o vereador Manuel Isaac anunciado na sua tomada de posse em Outubro, que o CDS iria apresentar uma proposta concreta, o que fez, com apresentação pública em 16 de Novembro, tal como foi publicitado pela comunicação social. Perante o alheamento do executivo camarário, o CDS apresentou em reunião de Câmara, de 30 de Dezembro, a proposta de suspensão desta e apenas desta obra. O incómodo do PSD, resulta do facto de se ter assumido politicamente em votação de Câmara, contra uma proposta que sabe ser fundamental para a sustentabilidade da própria Praça, do comércio, do repovoamento do centro da cidade, do termalismo e do turismo. O CDS defendeu esta proposta 7 meses antes do início das obras, quando ainda era possível alterar o projeto e não apenas no momento de se iniciarem as obras. O PSD tem legitimidade para não a considerar, o que não pode é deturpar os factos e escudar-se em argumentos falaciosos.
Diz ainda o PSD que a “… não realização das obras, levaria ao desperdício de milhares de euros comunitários”. Outra falácia. Clarifiquemos definitivamente esta questão usada de forma mal-intencionada. O valor total da “Regeneração Urbana” é de 10 milhões de euros, dos quais cerca de 15% (1,5 milhões) são pagos pela Câmara, os restantes são oriundos de fundos comunitários. A obra da Praça da República, representa cerca de 900 mil euros, 9% do total e obviamente sendo esta obra adiada, não seria recebida a verba correspondente, uma vez que se não há obra, não há verba. Não haveria nenhum prejuízo nem desperdício de fundos comunitários e em nada afetaria as restantes obras. Mas o PSD tem como princípio que o dinheiro deve ser gasto, mesmo que numa obra que não resolve problema nenhum. Essa não é a nossa postura (…) Defendemos, não a desistência da obra, mas sim o seu adiamento e concretização no âmbito do próximo Quadro Comunitário, com um projeto que resolvesse de facto os problemas da cidade. Esta é a verdade.
Diz ainda o PSD que “Chega de demagogia eleitoral, chega de oportunismo político, é preciso não adiar mais a cidade”, é caso para perguntar se por acaso estamos em tempo de eleições. A questão é que o CDS-PP não abandona as suas ideias e as soluções para a cidade após as eleições, para voltar de novo passados 4 anos. Os problemas resolvem-se dia após dia e é diariamente que nos batemos pelas soluções que julgamos corretas para a cidade e o concelho.
Quanto ao adiar a cidade, cá estaremos após as obras, para avaliar quem vai adiar a cidade, ou quem quer “…no fundo matar a Praça da Fruta?” como questiona o PSD, quando os vendedores perceberem que as condições de que dispõem em nada melhoraram, os compradores da praça e do comércio não tiverem lugares para estacionar, quando não for possível combater a desertificação do centro histórico, ou ainda quando no futuro o turismo for afetado pelos mesmos motivos. Nessa altura cá estaremos para a prestação de contas. Avaliaremos quem afinal se escusou a uma obra de fundamental importância para a articulação urbanística da cidade e o PSD certamente terá uma justificação a dar aos caldenses e a todos os que nos visitam.
De resto, a atenção que é prestada ao assunto, decorre do incómodo causado pela importância da proposta do CDS-PP.
CDS/PP das Caldas da Rainha
































