Pais dizem que órgão “não tem funcionado com independência, transparência e rigor que lhe é exigível”
Recentemente, os quatro encarregados de educação eleitos para o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas D. João II, nas Caldas, demitiram-se das suas funções.
“Desde o início do ano letivo que este Conselho Geral tem sido procurado por encarregados de educação, funcionários e até por uma docente para relatar situações, que no seu entender, condicionavam de forma grave o regular funcionamento do agrupamento, nomeadamente por se reportarem à forma como estes diversos interlocutores se relacionavam com a direção da escola, concretamente com o diretor, Jorge Graça”, explicam.
Os pais dizem que não identificaram em nenhuma dessas exposições “má fé, maledicência ou intenção de denegrir a imagem do agrupamento, da sua direção ou mesmo do seu diretor. O que percecionámos foi tão só e apenas membros da comunidade escolar a expressarem junto do órgão competente o seu mau estar sobre a forma como os seus direitos e interesses eram tratados”.
Os pais salientam que “em face das referidas competências, afigurou-se-nos perfeitamente legítimo que fosse discutido com seriedade, objetividade e coragem a conduta do diretor”.
No entanto, acusam, no Conselho Geral encontraram “uma atitude comprometida, empenhando-se mais em elogiar a pessoa do diretor do que em tentar compreender o que poderia estar na origem destas reclamações”. Dizem mesmo que “todas as exposições apresentadas foram desvalorizadas à partida. Nenhum esclarecimento sério e rigoroso se quis obter”.
Por outro lado, os encarregados de educação também referem que “as versões sintéticas das atas excluem as suas posições “e, nessa medida comprometem-nos com posições nas quais não nos revimos” e alegam que o órgão “não tem funcionado com a independência, transparência e rigor que lhe é exigível” e que “não assume materialmente as suas incumbências legais”.
Em resposta enviada ao nosso jornal, assinada pelo diretor do agrupamento, Jorge Graça, e por Maria Fernanda Rebola e Fernanda Barahona, presidente atual e cessante, respetivamente, do Conselho Geral, estes repudiam “veementemente” a situação e apontam a uma “manifesta vontade de denegrir a imagem do Conselho Geral e do diretor do agrupamento”.
Afirmam que há “factos que não correspondem à verdade e que, deturpando factos passados em reuniões do Conselho Geral, expressam uma visão parcial dos mesmos e dão uma imagem falseada da realidade”.
Os mesmos responsáveis acusam também a “falta de sentido de responsabilidade institucional que se exige a membros de um órgão com esta relevância” e também a uma “eventual existência de propósitos menos transparentes”.
O diretor do agrupamento e as presidentes atual e cessante deste órgão frisam ainda que “o Conselho Geral, enquanto órgão colegial, age no âmbito das suas competências, em consonância de posições dos conselheiros, não podendo ser forçado a atuar ou deliberar segundo interesses particulares de pessoas ou grupos”. ■






























