Jantar literário da EHTO homenageou Ruy Belo

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O Jantar Literário Ruy Belo assinalou a conclusão da 2.ª edição do Curso de Turismo Literário, cuja 3.ª edição será apresentada em outubro, no FOLIO

Inserido no Festival Latitudes, a EHTO dinamizou o segundo jantar literário, desta feita, de homenagem a Ruy Belo

Alma e corpo tiveram direito a refinado alimento no segundo Jantar Literário da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, desta feita, em homenagem ao poeta e escritor Ruy Belo (1933-1978), que celebraria este ano o 90.º aniversário, e que canta na sua obra a região Oeste.
O jantar, realizado a 21 de abril no The Literary Man Óbidos Hotel, teve como fito a entrega dos diplomas relativos à conclusão do curso de Turismo Literário, que contou com 25 formandos de norte a sul do país nesta 2.ª edição (de 70 horas, durante quatro meses), coordenada pela professora Marta Marques. O jantar integrou ainda a programação do Festival Latitudes, promovido pelo Município de Óbidos.
Preparado pelos alunos do 3.º ano de Técnico/a de Cozinha e Pastelaria, orientados pelo chef Ricardo Ferreira, que elaborou as fichas técnicas (receitas), e servido pelos alunos do 1.º ano de Técnico/a de Restauração e Bar, sob orientação da chef de sala, Marisa Rosa, o jantar apresentou um roteiro gastronómico e literário elaborado pela professora de Português, Cristina Ruivo.
“Entre S. João da Ribeira [onde nasceu] e Monte Abraão [onde faleceu], Ruy Belo enovelou as estradas que o levaram de Roma a Paris, de Paris a Madrid”, anunciou a professora aos cerca de meia centena de presentes. Em seguida convidou-os a “seguir as páginas em movimento desta obra, na tentativa de mapear as cidades, aldeias, praias, em suma, os azimutes que nos orientam nas Latitudes da viagem sinuosa da vida de Ruy Belo”.
Cada prato foi inspirado na gastronomia típica das terras versadas em alguns dos poemas selecionados, que foram previamente declamados por pessoas das mesas com o respetivo topónimo. Como entrada, servida ainda no corredor do hotel, degustou-se “Orelha a la Plancha”, inspirada na tapa madrilena, acompanhada de um shot de sopa de cebola, numa alusão à Feira da Cebola de Rio Maior. Para prato de peixe, foi servido um “Alfaquique com Açorda de ovas” após a audição de um excerto do poema “Nau dos Corvos”. Já o prato de carne, “Chanfana de Pato com Batata-doce”. veio de Sintra.
Para finalizar, retornou-se a Rio Maior, com um pão de ló desta terra servido com gelado de noz e crumble de canela.
O diretor, Daniel Pinto, fechou a noite de poesia com a declamação de “Portugal Futuro”. ■

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