
Artistas formados na ESAD.CR que optam por ficar a viver nas Caldas e formam uma comunidade de autores e que tem características particulares
“Há uma comunidade de artistas nas Caldas? E esta é diferente em quê de outras que existem pelo país? ”A resposta é que sim, existe uma comunidade artística de autores que foi ficando a viver pelas Caldas e que são de várias gerações. A conclusão surgiu no debate “Pensar a escola na comunidade” que teve lugar na antiga Escola do Parque, a 18 de janeiro. A conversa foi organizada por estudantes do curso de Programação e Produção Cultural da ESAD.CR e que teve como convidados artistas que se formaram naquela escola e que vivem nas Caldas. Atualmente, estes convidados protagonizam a exposição “O Verdadeiro Lado da Manta”, patente no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Presentes estiveram Filipe Feijão, Vasco Costa, Miguel Marques e Rubene Palma Ramos. O convite para realizar esta mostra veio da dupla Sara & André (que também se formou na ESAD.CR) e que foi endereçado aos autores do Estúdio Origami – Filipe Feijão e Antónia Labaredas – que, por sua vez, convidaram outros artistas que estiveram ligados ao estúdio e que também participam naquela mostra, patente até 4 de março. “Há a possibilidade desta exposição poder vir às Caldas”, disse Filipe Feijão, um dos mentores do estúdio de cenografia Origami à Gazeta das Caldas. Naquele espaço, que já teve instalações em A-da-Gorda (Óbidos) e que agora funciona no Campo há muito que se dá resposta a encomendas de cenografia e de arte e onde colaboram vários autores que se formaram na escola de artes caldense. Muitos de várias idades acabam por fazer parte da comunidade artística caldense que se distingue pelo caráter experimental, muito presente no espírito inicial que esteve na base da escola de artes caldense que começou por funcionar nas instalações da Matel. “Acho que sempre mantivemos esse espírito experimental”, disse Filipe Feijão referindo que a comunidade caldense é distinta daquelas que existem em volta das Belas Artes de Lisboa ou do Porto.
Presente na sessão esteve Sérgio Gonçalves, subdiretor da ESAD.CR que afirmou que os eventos que vão decorrer na Escola do Parque serão abertos à cidade. “Este é um espaço que fica a meio caminho entre a cidade e a escola e gostaríamos que fosse uma zona de transferência e de encontro”, afirmou o responsável. Em dezembro houve uma mostra de performance e haverá mais iniciativas que poderão ser vistas e vivenciadas pela comunidade. Pretende-se que seja também “um local de partilha”.
Segundo Nuno Faria, docente do curso que organizou a iniciativa este foi o pontapé de saída, uma primeira semente que terá continuidade e que é para ser vivida pela escola e pela comunidade da cidade das Caldas.■






























