As dormidas registadas na região entre janeiro e maio recuaram quase 28% em relação ao mesmo período do ano passado, mas limitando a amostra aos meses de pandemia, o setor teve recuperação
O Oeste registou, nos primeiros cinco meses deste ano, pouco mais de 108 mil dormidas, menos 27,8% face ao mesmo período do ano passado. A quebra é fortemente impulsionada pelos dois primeiros meses do ano, altura em que, em 2020, ainda não havia restrições relativas à pandemia, enquanto neste ano o país esteve em confinamento. Porém, nota-se nos três meses seguintes uma recuperação assinalável, sobretudo no mês de maio, no qual a região registou quase metade do total de dormidas do ano.
O conjunto de dados, divulgados a 15 de julho pelo Instituto Nacional de Estatística, referem-se ainda a um período temporal em que se torna difícil estabelecer um comparativo entre o ano passado e o corrente, uma vez que em 2021 a hotelaria esteve encerrada nos dois primeiros do ano e aberta nos seguintes, situação inversa à do ano passado.

Em 2020, só em janeiro e fevereiro tinham-se registado no Oeste mais de 117 mil dormidas, ou seja, mais do que no combinado dos cinco meses deste ano.
No entanto, enquadrando os resultados do Oeste com os do país, acaba por se perceber que, apesar de nefasto no turismo da região, o impacto da pandemia acaba por ser menor do que no panorama nacional. Enquanto as dormidas em Portugal recuaram muito próximo dos 49% em relação aos primeiros cinco meses de 2020, no Oeste o recuo foi de 27,8%. Segundo os dados do INE, o sector do Alojamento Local conseguiu mesmo uma retoma de 9,4%, na região.
Comparando apenas os três meses em que a pandemia coincide nos dois anos, entre março e maio, o Oeste aproximou-se das 88 mil dormidas, com um crescimento de 172,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Também aqui a proporção é bastante mais favorável à região, quando comparada com o contexto nacional, em que o crescimento se ficou pelos 59,4%. Neste particular, o Oeste também tem um comportamento melhor que a região Centro, na qual está integrado, que cresceu 148,3%.
Em maio, mês que regista praticamente metade das dormidas nos estabelecimentos hoteleiros da região – e não sendo possível totalizar as dormidas dos primeiros cinco meses do ano em todos os concelhos por falta de dados – Torres Vedras é o concelho com maior número de dormidas, ultrapassando as 12 mil. Caldas da Rainha surge no segundo lugar, com cerca de 9500, seguindo-se de perto Peniche e Nazaré, com cerca pouco mais de 9100. De destacar ainda que Óbidos, que no período pré-pandemia era o concelho que liderava destacado em número de dormidas, surge apenas em quinto lugar com cerca de 4600 dormidas, pouco mais 37% das dormidas de Torres Vedras e menos de metade que as das Caldas da Rainha.■






























