O Toyota C-HR é o primeiro SUV para o grande público que dispensa por completo os tão procurados motores diesel. A sua passagem não deixa ninguém indiferente, com as suas linhas futuristas, mas é no interior que se percebem verdadeiramente as qualidades deste automóvel inovador.
É impossível não reparar no Toyota C-HR. O construtor japonês que discute com a Volkswagen a liderança mundial do mercado automóvel precisava de um modelo abaixo do RAV-4 para entrar no mercado dos SUV do segmento C, responsável por uma considerável fatia das vendas no mercado europeu. Mas num segmento que já contava com tantas opções era preciso entrar com uma aposta diferenciadora. A resposta encontrada foi o C-HR.
O impacto visual é muito forte, esguio, com um apelo a linhas futuristas, que por norma se encontram nos protótipos que chegam aos salões automóveis, mas que acabam polidos para agradar a um público mais amplo.
O interior não é diferente. O ambiente “escuro” permite focar no principal: a estrada e os instrumentos. O painel tem elementos contrastantes, com um azul vivo e um preto brilhante, onde a incidência da luz permite descobrir um ligeiro brilho de purpurinas. Nem sequer há uma configuração de botões difícil de perceber pois quase tudo passa pela central informática.
Mas não foi só no desenho que a Toyota inovou. Quando todas as marcas ainda apostam no diesel como principal proposta de motorização, a marca japonesa abandonou por completo (neste modelo) essa hipótese. Há um pequeno motor a gasolina de 1,2 litros e 116 cavalos para a entrada de gama. Mas a aposta principal é na versão híbrida, que utiliza o mesmo sistema do Prius, com a fiabilidade de um sistema testado ao longo de mais de duas décadas.
Como se não fosse já suficiente para atrair interesse pelo seu SUV, a Toyota encheu-o de tecnologia, que em muito boa parte vem disponível desde o nível de entrada.
A versão que a Caetano Auto Centro Litoral proporcionou à Gazeta das Caldas para teste foi aquela que é a mais apetecível, com o sistema híbrido na versão Confort+Pack Style.
O que mais impressiona na condução é a suavidade com que tudo acontece. Tem uma condução precisa e previsível – é fácil colocar o carro onde se pretende – e transmite conforto desde a forma envolvente dos bancos ao comportamento da suspensão, quer nas irregularidades do piso, quer em curva. A isto junta uma caixa automática cuja passagem de caixa é praticamente imperceptível. O C-HR é daqueles carros que quanto mais se conduz, mais se quer conduzir.
A Toyota disponibiliza-o a partir de cerca de 24 mil euros, ou 27 mil euros na versão híbrida, mas aquela que conjuga o melhor conjunto de equipamento, a versão Confort com o Pack Style, custa mais cerca de três mil euros.
Há apenas um senão: os passageiros do banco traseiro têm espaço de sobra, mas para o exterior têm apenas uma pequenina janela que mal deixa ver a paisagem. Esse é o preço a pagar por todo aquele estilo da secção traseira.































