
No final da passada semana uma notícia da agência Lusa dava conta da possibilidade dos alunos dos concelhos do Bombarral e da Nazaré (a par com os de Vila Nova da Barquinha, Almeirim, Torres Novas e Cartaxo), terem que pagar o seu próprio bilhete desde o início de Fevereiro. Em causa estava o atraso no pagamento da dívida que as autarquias têm para com a empresa de transportes Rodoviária do Tejo.
Na passada terça-feira, fonte da administração da Rodoviária do Tejo confirmou à Gazeta das Caldas que “todas as autarquias que estavam em atraso já regularizaram o plano de pagamentos”. Assim, e pelo menos por enquanto, os alunos vão continuar a viajar nos autocarros sem qualquer problema.
O alerta quanto aos atrasos no pagamento das dívidas das autarquias já não é novo, mas desta vez o presidente da Rodoviária do Tejo, Rui Silva, foi peremptório. Em declarações à agência Lusa, o administrador disse que a situação era “insustentável” e que não era possível arrastá-la por mais tempo, pelo que a empresa adoptara uma postura de “tolerância zero” quanto a uma dívida que ultrapassa os 11 milhões de euros.
Às autarquias, já alertadas para as possíveis consequências dos atrasos no pagamento, o responsável deixou um recado: “é insustentável andarmos continuamente a mendigar que paguem os serviços por nós prestados”, disse, pedindo que fossem dados “passos concretos” para que a situação ficasse resolvida. A mensagem parece ter chegado às autarquias em questão, que se apressaram a regularizar o plano de pagamentos que até então não tinham cumprido.
Gazeta das Caldas tentou junto das autarquias de Bombarral e da Nazaré saber quanto devem à Rodoviária do Tejo pelo transporte de estudantes nas carreiras regulares daquela empresa e o que está a ser feito para resolver a situação. Perguntámos ainda quantos alunos são transportados em cada concelho, quanto custa o serviço e qual o montante da dívida.
Da parte do Município do Bombarral, o Gabinete de Relações Públicas, Comunicação e Imagem respondeu na passada terça-feira que “a possibilidade das cerca de 330 crianças (Jardim-de-Infância, 1º, 2º e 3º Ciclos) que são transportadas pela Rodoviária Tejo terem que pagar o seu próprio bilhete nunca esteve em cima da mesa”. Esclarece ainda que “foi estabelecido um acordo entre a autarquia e a rodoviária, com um prazo até dia 27 de Janeiro, para se chegar a um entendimento quanto à forma de pagamento da divida, o que foi conseguido na passada sexta-feira, dia 27, conforme o previsto, tendo ficado estabelecido um acordo de pagamentos com um prazo de 12 meses. Como tal, a noticia veiculada foi extemporânea e sem qualquer fundamento”. A autarquia bombarralense, contudo, não divulgou quanto deve à Rodoviária.
Já da parte da Câmara da Nazaré não nos chegou qualquer resposta.






























