Concelho apresenta forte crescimento do volume de negócios e constituição de empresas
Um relatório estatístico da Câmara das Caldas da Rainha salienta um acentuado crescimento económico do concelho entre 2019 e 2023, com o número de empresas a subir 11,8% neste período e o volume de negócios a valorizar mais de 35%. O documento retrata ainda a demografia, a educação, a saúde, a habitação, o turismo e a criminalidade.
Caldas da Rainha é o terceiro concelho da região com maior volume de negócios (1,86 mil milhões de euros em 2023), atrás de Torres Vedras (4,19 mil milhões) e Alcobaça (2,46 mil milhões). No que respeita ao número de empresas, o concelho ocupa o segundo lugar, com 7.981 entidades ativas, sendo apenas superado por Torres Vedras (12.628).
A robustez do tecido económico tem sido reforçada nos últimos anos. Desde 2019 o concelho passou de 7.143 empresas ativas para 7.981. Em 2023 o crescimento foi de 4,15%. O volume de negócios cresceu a um ritmo idêntico no mesmo ano, 4,34%, após ter subido acima dos 20% nos dois anos anteriores. Entre 2019 e 2023, o volume de negócios das empresas do concelho aumentou praticamente 500 milhões de euros, para 1,86 mil milhões.
Os setores de retalho, construção e transportes ocupam o pódio dos maiores empregadores. Destacam-se também áreas com forte identidade local, como a fabricação de faiança, a cutelaria e a saúde.
Caldas da Rainha ocupa o terceiro lugar na região em número de beneficiários de subsídio de desemprego (1.607), atrás de Torres Vedras (2.345) e Alenquer (1.877). No que respeita ao Rendimento Social de Inserção, também surge em terceiro lugar (578 beneficiários), superado por Sobral de Monte Agraço (942) e Torres Vedras (661).
Em 2023, as compras em terminais de pagamento automático (TPA) ascenderam a 237,6 euros por habitante, valor superior à média nacional (197,3 euros) e regional (178,1 euros). Também nos levantamentos em caixas multibanco, Caldas da Rainha regista um valor acima da média: 2.936 euros por habitante, contra 2.721 euros a nível nacional e 2.593 euros na região Oeste.
O turismo no concelho retomou os níveis pré-pandemia. A taxa líquida de ocupação cama nos estabelecimentos de alojamento turístico foi de 37,3% em 2023, igualando o valor de 2019. Em número de dormidas, Caldas da Rainha (207.225) surge em quinto lugar na região, atrás de Óbidos (293.741), Torres Vedras (287.740), Peniche (278.866) e Nazaré (273.614). O número de hóspedes ultrapassou os 100 mil e os proveitos totais cresceram 27,53%, embora a um ritmo inferior ao registado em 2022 (72,69%). A capacidade de alojamento nos hotéis subiu 9,01%, para 1.670 camas, reforçando a atratividade da cidade enquanto destino complementar aos concelhos costeiros e patrimoniais da região.
No setor imobiliário, em 2023 foram licenciados 206 edifícios para construção, o que representa uma quebra de 12,71% face ao ano anterior. Ainda assim, Caldas da Rainha ocupa o segundo lugar na região no número de licenças, apenas atrás de Torres Vedras (359).
População em crescimento e densidade elevada
A população residente em Caldas da Rainha cresceu 2,67% em 2023, passando para 54.145 habitantes. Este é o terceiro valor mais elevado da região, atrás de Torres Vedras (88.020) e Alcobaça (57.358). A densidade populacional atingiu os 211,8 habitantes por km2 – superior à média do Oeste (174,9) e de Portugal (115,4) – e coloca o concelho em quarto lugar na região, superado por Peniche (355,3), Sobral de Monte Agraço (228) e Torres Vedras (216,2).
A taxa bruta de natalidade, apesar de já ter recuperado dos efeitos da pandemia, manteve-se em 2023 nos 7,4%, ligeiramente abaixo da média nacional (8,1%) e do Oeste (7,9%).
O concelho continua a apresentar um forte desempenho na área da educação. Em 2022/23, a taxa bruta de escolarização no ensino secundário foi de 172,4%, valor que coloca Caldas da Rainha no topo da região Oeste e bem acima das médias nacional (126,8%) e regional (118,4%). Este indicador reflete a forte presença de estabelecimentos de ensino e a atratividade do concelho enquanto polo educativo.
Em 2023, o município investiu 48,3 euros por habitante em cultura e desporto, acima dos 38,4 euros da média do Oeste, mas abaixo dos 52,3 euros verificados a nível nacional.
O investimento em ambiente é reduzido. Segundo o documento, em 2022, a despesa do município nesta área foi de apenas 12 euros por habitante, muito abaixo dos 61 euros na região Oeste e dos 93 euros a nível nacional.
O número total de crimes praticados em Caldas da Rainha diminuiu ligeiramente entre 2023 (1.355) e 2024 (1.339), o que corresponde a uma redução de 1,19%. No entanto, projeções da PSP apontam para um ligeiro aumento no primeiro trimestre de 2025, tanto na criminalidade geral como na violenta e grave.































