
Unidade de turismo de habitação da Foz do Arelho fez obras antes da pandemia e está a ter o melhor ano de sempre.
A Quinta da Foz realizou no passado domingo um Dia Aberto, iniciativa na qual deu a conhecer a dois grupos restritos de visitantes a oportunidade de conhecer as instalações e a história daquela habitação, que tem mais de 450 anos e se mantém na mesma família desde a fundação, em 1568.
A ideia de realizar um Dia Aberto na propriedade surgiu como forma de dar a conhecer todo o espaço, desde a parte da habitação, as zonas de trabalho, a envolvente natural com ligação à Lagoa de Óbidos, até à sua riqueza história. “Temos muitas solicitações de pessoas que, não sabendo se a propriedade é pública ou privada, querem fazer uma visita. A intensão foi mostrar o nosso espaço, que o temos aberto à parte turística, e dar a essa oportunidade às pessoas de o visitarem”, conta Francisco Paiva Calado, que gere atualmente o negócio de turismo de habitação da Quinta da Foz, com a irmã Guadalupe.
A procura acabou por ser surpreendente. “Só publicitámos a iniciativa nas nossas redes sociais e ao fim de 24 horas já tínhamos as vagas preenchidas”, realça Francisco Paiva Calado. A visita foi feita em dois turnos, um de manhã e outro de tarde, e contou com um total de cerca de 30 pessoas.
A iniciativa surge numa altura em que a vertente de turismo de habitação da Quinta da Foz tem registado um forte crescimento. A família realizou um importante investimento para a melhoria da comodidade dos quartos, com novas casas de banho, piso irradiante e acesso à Internet, mas mantendo a decoração original, “porque é o espírito do nosso turismo”, realça. Foram, ainda, intervencionadas outras divisões que são de uso comum e criados dois novos apartamentos, reaproveitando construção existente, para acrescentar aos quatro quartos existentes na casa principal. As melhorias foram concluídas cerca de seis meses antes da pandemia e, desde então, a procura tem crescido de forma substancial, também devido à comunicação. “Passámos a ter uma divulgação mais forte na Internet, com o nosso site, vendas diretas e registo em várias plataformas”, refere Francisco Paiva Calado.
A pandemia acabou por dar, também, uma ajuda, acredita. “Sendo um espaço com poucas unidades e muita natureza, que foi o que as pessoas procuraram”.
Como resultado, os dois últimos anos foram os melhores em 30 anos de atividade de turismo de habitação da Quinta da Foz e este ano “estamos a ter, de longe, o nosso melhor ano”, acrescenta.
Se na pandemia os portugueses representaram quase a totalidade dos hóspedes, agora a maioria dos clientes são estrangeiros, sobretudo norte-americanos, que mostram grande recetividade a este tipo de experiência muito conectada com a história local.
A Quinta da Foz está, também, a apostar na componente de eventos particulares, como casamentos e batizados, e também empresariais, tendo recentemente transformado o antigo picadeiro numa sala multiusos. Em fase de conclusão está ainda a certificação pela Bioesfera Portugal como unidade turística sustentável nas áreas financeira, social e ambiental.






























