
Foi a pensar nos clientes que querem complementar um ramo de flores ou uma planta com uma garrafa de vinho, uma conserva, um azeite gourmet ou uns bombons, que a Florista Begónia passou a disponibilizar um espaço destinado a estes produtos.
Esta iniciativa resulta de uma parceria da florista com o Restaurante Pachá, que disponibiliza grande parte dos produtos que ali se encontram. Por enquanto a oferta ainda não é muito diversificada, mas “este é um espaço que vai crescer”, garante Fernanda Faria, proprietária da Begónia, acrescentando que os vinhos serão uma aposta forte.
“Esta é uma forma de mostrar que quando se oferece flores não tem que ser sozinhas, nem só para uma senhora”, explica a proprietária, acrescentando que alguns dos seus clientes já lhe pediam complementos para os ramos de flores. “A ideia foi germinando e entretanto tive conhecimento que havia já outras colegas a fazê-lo, mas penso que nas Caldas sou eu a primeira”, disse.
A aposta nos produtos da região pode ser um caminho a seguir, admite a empresária.
Naquele espaço há também peças de bijuteria de uma artesã caldense e velas aromáticas, produtos que Fernanda Faria ainda não sabe durante quanto tempo estarão na loja, nem sequer se esta é uma aposta para continuar. Nesta época do ano a florista propõe ainda uma grande diversidade de artigos de época, como decorações de Natal e presépios.
Como é hábito, todos os anos, no estabelecimento, há representações do nascimento de Jesus para todos os gostos e com preços que a proprietária diz serem bastante variados. O destaque deste ano vai para os trabalhos da artesã caldense Helena Montez Luís, expostos na montra da loja.“Alguns já saíram, ela já voltou a repor, o que quer dizer que tem sido aceite”, diz Fernanda Faria, que se diz sempre aberta a parcerias com artesãos, artistas e comerciantes da terra. “De há uns anos a esta parte, na nova geração de comerciantes da cidade, temos um intercâmbio muito grande entre nós. Criámos um espírito de partilha de opiniões, decorações, e fazemos eventos”, refere a florista, para quem esta ligação é algo de muito importante.
“Se eu precisar de alguma coisa vou à colega, não vou a Lisboa. Há que comprar nas Caldas, há que comprar uns aos outros, que emprestar, colocar na montra, para que as pessoas circulem no nosso meio”, defende.
“A cidade está um bocadinho a morrer, mas nós não vamos deixar. Vamos fazer das tripas coração, mas vamos continuar”, promete a comerciante, que garante que tudo o que tem sido feito é à custa dos comerciantes, “sem um único cêntimo de dinheiros públicos para estes eventos que temos promovido”.
Fernanda Faria diz que é o “31 de boca” e a boa relação comercial que existe entre os comerciantes que tem funcionado. “E isso há que manter a todo o custo”, diz.






























