Óbidos relança projecto que permite às famílias reduzir custos energéticos

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Notícias das Caldas Os habitantes  de Óbidos já podem candidatar-se à instalação de sistemas de micro geração e assim reduzir os custos energéticos dos seus agregados familiares. A segunda fase do projecto Óbidos Solar, que foi lançada no passado dia 26 de Março com a assinatura do protocolo entre a autarquia e quatro empresas, permite a instalação de uma unidade de microprodução (painéis fotovoltaicos e solares térmicos) através de “um investimento máximo de mil euros por parte das famílias, o que possibilita aumentar receitas e reduzir despesas com o aquecimento de águas”, afirmou o vereador, Humberto Marques.

Na prática, o projecto assenta num modelo em que se instalam os painéis, orçados entre os dez e os 12 mil euros, em regime de concessão durante dez anos a uma das empresas, que recebem 85% da energia vendida à EDP. Os munícipes terão de pagar até mil euros para a instalação dos sistemas e ainda a inscrição no portal Renováveis na Hora, que custa 615 euros. “As famílias pagam por conta da energia que vão vender, mas vão beneficiar desde logo com o solar térmico, passando a poupar energia no aquecimento das águas”, explicou Humberto Marques, estimando que em dois anos o investimento estará liquidado por parte das famílias.
A primeira fase do Óbidos Solar funcionou durante nove meses, sendo interrompida em 2011, devido ao facto da legislação existente só permitir que fosse apenas a banca a financiar a instalação, através de empréstimos sujeitos a juros. “Isto era um negócio que estava a ser feito só para os bancos e o município entendeu que esse não era o caminho”, explicou o vereador, acrescentando que não podiam estar a contribuir para o “aumento do endividamento das famílias”.
Durante este período foram envolvidas 200 famílias (cerca de 600 pessoas) no projecto. Agora, existem 80 famílias interessadas em instalar painéis fotovoltaicos e solares térmicos e a autarquia aconselha a que iniciem o processo o mais rapidamente possível, pois há a possibilidade de, em Junho, haver uma nova alteração na legislação para a microprodução.
“Há garantias que quem quiser instalar, até Junho consegue fazê-lo”, disse o autarca, revelando que o processo, desde que a pessoa mostra interesse até à instalação do sistema pode demorar um mês.
Participam nesta segunda fase as empresas Elísio Paulo & Azevedo, Lda (Vila Nova de Gaia), Futur Solutions – Energias Renováveis, Sistemas Elétricos e Domótica, Lda (Alcobaça), Inov8energy – Renewable Energy (Paredes) e Netplan – Telecomunicações e Energia, S.A (Lisboa), esta última também participante na primeira fase do projecto.
No portal da autarquia (www.cm-obidos.pt) os interessados têm acesso às condições de adesão, informações sobre as empresas aderentes e podem fazer a respectiva inscrição.
Este projecto foi premiado, em 2010, pelos Green Project Awards, uma iniciativa que destaca as boas práticas em projectos que promovam o desenvolvimento sustentável.

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Miniprodução será o próximo passo

Os complexos escolares dos Arcos, Furadouro e Alvito deverão ser os primeiros edifícios públicos do concelho a serem sustentáveis através da miniprodução de energia. A autarquia pretende avançar brevemente com esta solução, que embora mais vantajosa do que a microprodução, obriga o produtor a consumir uma quantidade de electricidade igual ou superior a metade da electricidade que se pretende produzir.
O gabinete de Ambiente da Câmara de Óbidos já está a estabelecer contactos com privados no concelho para ver se há condições para também eles aderirem a esta solução energética.

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