Próximo do Cabo Carvoeiro, na Marginal Norte fica a Profresco, uma empresa que se dedica não só à distribuição e à embalagem de peixe fresco e congelado como também possui um inovador ponto de venda.
Recentemente a firma criou um take-away onde também é possível pedir para que se cozinhe os peixes que se encontram à venda. Neste espaço preparam-se petiscos e no próprio local podem comer-se mariscadas e caldeiradas. Ao fim de semana, há sushi para comer no local ou também para levar para casa.
A Profresco é uma empresa com 18 anos conhecida sobretudo pela venda e embalagem de peixe fresco e congelado. A embalagem e a distribuição foi iniciada por Luís Simões em 1994, apesar de anteriormente já possuir experiência no ramo.
O empresário, natural da Atouguia da Baleia, já trabalha com peixe há três décadas. Primeiro começou pela distribuição de congelados em Peniche e rapidamente, passou a fazê-lo num raio de 100 quilómetros. “Tínhamos uma loja em Peniche num bairro residencial que era na época um bom local de venda”, contou o empresário, acrescentando que o espaço onde agora está – a sede da empresa – era na época um armazém com as câmaras frigorificas.
Só que Luís Simões começou a perceber que o espaço de armazenamento era interessante para fazer um estabelecimento de venda ao público pois este poderia “ter um potencial totalmente diferente de uma loja de bairro”. Esta última foi alugada a uma funcionária e Luís Simões muda-se para a Marginal Norte, para montar nova loja em 1996.
Cedo começou a sentir “falta de uma retaguarda de embalamento e então formulámos o projecto da construção de uma fábrica, que está na cave da própria loja”. A unidade de embalamento foi licenciada em 2011, contou com fundos comunitários, num investimento total de cerca de dois milhões de euros.
Na fábrica temos duas linhas: processamento de peixe fresco e de peixe congelado. Luís Simões pretende passar a ter sempre gente a trabalhar, 24 horas por dia no futuro.
No espaço da Profresco, há um centro de depuração de bivalves que Luís Simões crê que vai começar a funcionar dentro de alguns meses onde vai ter amêijoas e berbigões.
“A minha passagem pela escola foi interessante para perceber o que se passa”, disse Luís Simões sobre a Escola Superior das Tecnologias do Mar (ESTM), onde estudou. Conta que a sua empresa tem parceria com a escola onde é actualmente fornecedor de matéria-prima. Com a escola desenvolveu dois projectos de investigação – de cozinha e biologia, financiados pelo IAPMEI. O primeiro esteve relacionado com o centro de depuração que “falta apenas licenciar”. Foram feitas análises e experiências relacionadas com a adição de anti-oxidantes naturais na congelação do filete de sardinha provando que era possível retardar a oxidação do filete.
Luís Simões diz que gostaria que, no futuro, a venda ao público seja 50% da facturação. “Com os projectos que temos com a fábrica que a facturação seja diferente”, disse o empresário que acaba por vender, distribuir e embalar cerca de 30 toneladas de peixe por mês.
Marisco e sushi para comer na peixaria ou levar para casa
No passado mês de Junho “apostámos no take away prolongando a actividade da empresa”, contou o empresário que há quatro anos fez a licenciatura em Gestão Hoteleira na ESTM, pólo do IPL, situado também na Avenida Marginal. “Acabei com 18 valores e o take away foi o meu projecto de empreendedorismo, que acabei por concretizar”, disse Luís Simões sobre o M de Marisco.
Neste take away cozinhamos peixe e marisco que os clientes podem comprar na peixeiria e “este é o único local que eu conheço onde se cozinha o que se compra. O único com este tipo de oferta”. Por norma não se trabalha com carne, mas para quem não aprecia peixe há um prego, um hambúrguer ou um bife da casa que são as excepções.
O take away M de Marisco resultou o referido projecto de empreendedorismo, um dos raros que foi colocado na prática, mas que refere que “esperava outro interesse e apoio da ESTM a esta iniciativa”, disse o empresário. A Profresco, em 2012, criou quatro postos de trabalho que são ocupados por pessoas do concelho de Peniche.
Na M de Marisco há alguns pratos na lista, prontos a sair e algumas sugestões que são diárias. “Temos sempre saladas de búzios e de ovas. Há sapateira recheada, percebes, navalheiras, burriés e búzios, tudo cozido”, conta o proprietário.
E o que tem mais procura? “A nossa gamba e camarão são espectaculares e por isso têm muitos clientes”, contou o empresário. São famosas também as sapateiras recheadas e que custam, prontas, 12,85 euros o quilo. Também se destacam as Amêijoas à Bulhão Pato, as Gambas ao Alho, as Lapas na Chapa e os Mexilhões à Espanhola. Há outras especialidades como Carapaus Limados, Sardinhas de Escabeche ou Filetes de Cavala.
“Damos também a possibilidade da pessoa comer à mesa a conserva que acabou de comprar”, contou Luís Simões que aposta num ambiente informal neste seu estabelecimento. “No fundo uma pessoa está a comer numa peixaria, não está num restaurante”, disse.
Fazem-se também pratos por encomenda como Caldeirada ou Arroz de Tamboril. O projecto integra uma chefe de cozinha que é consultora e o próprio Luís Simões também realiza vários pratos.
Na próxima Primavera, a Profresco vai continuar com a criação de uma esplanada no exterior do ponto de venda pois o empresário pretende criar um género de parque de merendas, voltando a postar no ambiente informal. “Neste espaço pode-se vir comer uma mariscada quando se chega da praia, trazendo areia nos pés e a prancha debaixo do braço”, disse o proprietário.
Por alto, Luís Simões aposta no low cost, quer no take away, quer ainda nas refeições no local e diz que num grupo que queira petiscar uma sapateira, amêijoas e camarões “cada qual pagará em média 10 euros”.
No M de Marisco, sobretudo ao fim de semana, há sushi, a célebre comida típica japonesa. Preparam-se kits de seis e de 15 peças (12 e cinco euros, respectivamente) pois é algo que está relacionado com o negócio da Profresco e “aqui temos a garantia da sua frescura”. Além do atum e do salmão trabalham também com espécies locais como o ruivo, a cavala, o sargo ou o robalo. Também fornecem para festas, por encomenda. Luís Simões ainda garantiu que no Verão haverá sushi diariamente.
O empresário tem ainda um projecto de lojas urbanas, que pensa designar boutiques de peixe. Nestas pensa comercializar peixe embalado, sem manuseamento, usando atmosfera modificada e vácuo. “Em 2013 tenho como objectivo a consolidação do negócio e, no ano seguinte, penso abrir a primeira loja boutique”. Luís Simões pretende que a sua fábrica de embalagem seja rentabilizada e depois de licenciar o centro de depuração pretende expandir o negócio do take away. “Admitimos a hipótese de entrega ao domicílio e queremos gente ambiciosa para nos ajudar a desenvolver o negócio”, disse o empresário.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt































um ‘take-away’?
Pobres jornalistas portugueses!!!!
Os portugueses tem um problema com as linguas inglesa e francesa,não sabem traduzir……ou talvez não sabem o significado dessas mesmas palavras em ingles ou frances!
So isso explica os ‘take-away’,ranking,dossier,atelier, reveillon.
Facem favor de publicar porque isto é uma critica mas tem haver com a cronica.